Logo que assumiu, ele foi aos EUA e disse que seu governo não construiria nada. “Nós temos é que desconstruir muita coisa. Desfazer muita coisa”, disse ele, na ocasião. É isso que ele está querendo fazer com a Petrobrás
Assim que chegou ao Planalto, em 2019, Bolsonaro e seus filhos participaram de um jantar nos Estados Unidos, organizado por um bando de lunáticos direitistas ladeados por ninguém menos que Olavo de Carvalho, um idiota fascista, tido à época como “guru” do capitão cloroquina. Na ocasião, em seu discurso, Bolsonaro afirmou que sua missão como presidente não era construir nada. Ele tinha chegado onde chegou com o objetivo de destruir.
MEU OBJETIVO É DESTRUIR
“O Brasil não é um terreno aberto onde nós pretendemos construir coisas para o nosso povo. Nós temos é que desconstruir muita coisa. Desfazer muita coisa. Para depois nós começarmos a fazer. Que eu sirva para que, pelo menos, eu possa ser um ponto de inflexão, já estou muito feliz”, afirmou ele naquele jantar, arrancando aplausos dos trumpistas, terraplanistas e outros bichos presentes.
Neste sábado (6), em mais uma de suas ‘motociatas’, desta vez em Ponta Grossa, no Paraná, ele repetiu, de forma explícita, o objetivo anunciado naquele sinistro jantar. “A economia sofreu um golpe. No mundo todo. Sabemos da inflação, aumento de combustível. Sabemos da Petrobrás, é independente, infelizmente. Infelizmente independente. E nós estamos buscando uma maneira de ficar livre da Petrobrás. Fatiar bastante, quem sabe partir para uma privatização”, disse Bolsonaro.
Agora, juntando as coisas, é perfeitamente compreensível que durante toda a pandemia, que tanto sofrimento trouxe aos brasileiros, Bolsonaro não deu apoio e nem demonstrou nenhum sentimento de solidariedade e de compaixão às mais de 609 mil famílias que perderam seus entes queridos, vítimas do vírus assassino. Sua “meta de governo” não permite esse tipo de sentimento. O “plano” é a destruição do país. Por esta ótica doentia, quanto mais mortes, melhor.
ZOMBOU DAS VÍTIMAS DE COVID
Ele chegou a zombar das vítimas, imitando uma pessoa com falta de ar e rindo em um de seus vídeos semanais. Defendeu o tempo todo que as pessoas deviam se infectar o mais ampla e rapidamente possível. Um verdadeiro genocídio.
Bolsonaro disse que quer destruir, ou “fatiar bastante”, como ele mesmo disse, a empresa símbolo do desenvolvimento nacional, a maior e mais avançada empresa brasileira que, muito à frente da principais petroleiras do mundo, desenvolveu tecnologia de ponta para localizar e extrair petróleo de poços há mais de 7 mil metros de profundidade no mar. O plano é, “quem sabe”, depois vender os pedaços para as multinacionais. Este é sua missão, anunciada aos trumpistas naquela noite de 2 de março de 2019.
Ele está em dúvida se fatia primeiro, e vende depois, ou, “quem sabe”, só destrói a Petrobrás, inviabiliza a sua existência e entrega o pré-sal para as multinacionais americanas o explorarem. Certamente, havia olheiros desses abutres no jantar dos terraplanistas. Não que essas aves de rapinas do petróleo estejam preocupadas com o formato da terra. Nada disso. Eles só pensam em como roubar o petróleo dos outros. Ficaram eufóricos com os “planos” de Bolsonaro.
Tudo o que Bolsonaro anunciou no jantar em Washington naquela noite, está sendo cumprido à risca. Ele está destruindo tudo o que pode no Brasil. Começou pela Educação. Ele alocou lunáticos na direção do Ministério. Ameaçou Universidades, cortou suas verbas, tentou inviabilizar a pesquisa no país. Quando o Instituto Butantan e a Fundação Osvaldo Cruz revelaram que podiam produzir vacinas contra a Covid-19 no país, ele partiu com ferocidade contra todos os imunizantes.
APOIOU DE TODAS AS FORMAS A DISSEMINAÇÃO DO VÍRUS
Na área da Saúde não é nem necessário muito esforço para que se perceba quais eram seus objetivos. Foram trocados três ministros em plena pandemia, até que ele achasse algum idiota que se submetesse à sua tese genocida da imunidade de rebanho. Atacou todas as medidas sanitárias de combate ao vírus e sabotou as vacinas. Conclamou a população a se infectar. Promoveu aglomerações e espalhou o vírus por todo o país em ridículas ‘motociatas’, como esta que ele fez neste sábado.
Fechou o Ministério da Cultura e nomeou nazistas assumidos para desenterrar a censura, perseguir artistas e destruir órgãos ligados ao setor. Literalmente incendiou a Cinemateca Brasileira. Só não atingiu totalmente seus objetivos nesta área até agora porque uma torrente gigantesca, de milhões de pessoas, foi às ruas em defesa de Educação, da Ciência e do país.
Colocou um rato do “mercado”, que esconde R$ 50 milhões em paraísos fiscais, para comandar (ou seria melhor dizer, assaltar) a economia do país. Resultado: mais de 33 milhões de pessoas foram desempregadas ou estão subempregadas. 19 milhões estão literalmente passando fome.
E o que Bolsonaro fez para enfrentar o problema? Nada. Ao contrário, o agravou, dolarizando a economia e, com isso, provocando a explosão de preços. Trouxe de volta a inflação que piora ainda mais a miséria da população. Acabou com os estoques reguladores e liberou geral a especulação nos preços dos alimentos. Milhões de pessoas não conseguem mais nem comprar nem o básico para sobreviver.
SÓ ADMITIA AJUDA EMERGENCIAL DE R$ 200
Resistiu o quanto pode a liberar ajuda emergencial aos desempregados durante o auge da pandemia. Quando viu que não dava para segurar, defendeu que a ajuda fosse de apenas R$ 200 por pessoa. O Congresso Nacional o derrotou e aprovou uma ajuda emergencial de R$ 600. Ele a reduziu, depois, à metade e até agora não sabe o que faz com os milhões da famintos.
Os brasileiros cada vez mais percebem que o objetivo de Bolsonaro não é defender o país e o seu povo mas sim destruir o Brasil. As pesquisas de opinião mostram índices recordes de rejeição ao seu governo. A CPI da Pandemia já identificou nove crimes cometidos por ele, entre os quais o crime de epidemia agravado com morte. Agora, o que se espera da Justiça é a punição. São mais de 100 pedidos de impeachment que estão na Câmara dos Deputados.
A intenção, anunciada hoje, de “fatiar bastante” para depois, “quem sabe”, vender a Petrobrás, certamente, agravará ainda mais o intenso isolamento político em que Bolsonaro se encontra. Com a proibição, pelo Supremo Tribunal Federal, do uso de verbas públicas para abastecer o chamado “Orçamento Secreto”, instrumento ilegal e inconstitucional, para que o governo tente manter alguma base política no Congresso, a situação de Bolsonaro deve piorar. Certamente, o Brasil não permitirá que as promessas feitas por ele no fatídico jantar de Washington se concretizem.
que uma DESGRAÇA caia sobre essa corja bolsonaro, sem piedade, e extermine a todos, antes que destruam o País e o Povo.