Bolsonaro e membros do 1º escalão terão aumento de até 69% em seus salários em plena pandemia

Bolsonaro: salário aumentado. Foto: AFP - Getty Images

Um escárnio, uma afronta ao povo brasileiro em plena pandemia, quando a maioria dos brasileiros encontram-se sem renda e sem oportunidade de trabalho.

Uma regra, através de portaria, editada por Bolsonaro autoriza uma parcela de servidores a receber mais do que o teto remuneratório constitucional e fará com que o próprio presidente e membros do primeiro escalão tenham aumentos de salário. Os ganhos serão de até 69%, com pagamentos mensais que, a depender da autoridade, poderão ultrapassar R$ 66 mil.

Publicada no dia 30 de abril, a nova regra determina que os funcionários públicos com vínculos a duas instituições, como é o caso de Jair Bolsonaro, que também é aposentado pelo Exército, e de outros ministros militares, não responderão à regra constitucional.

Suas duas remunerações deverão, segundo a regra de Bolsonaro, ser contadas separadamente para poder ultrapassar o teto constitucional, que hoje limita os salários a R$ 39,3 mil.

A medida, que passa a valer para os pagamentos de maio, deve beneficiar cerca de 1.000 servidores.

Com a nova norma, a remuneração bruta do presidente deve passar de R$ 39,3 mil para R$ 41,6 mil, uma alta de 6%. Mourão, que é general da reserva, terá um aumento de quase 64%. A remuneração mensal bruta deve deixar de ter um abatimento feito atualmente, de R$ 24,3 mil, para respeitar o teto. Com isso, o valor bruto passa de R$ 39,3 mil para R$ 63,5 mil, diferença de 62%.

Entre os ministros militares, o maior salto no salário fica com o chefe da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos. O governo deve deixar de fazer um desconto mensal de R$ 27 mil, levando a remuneração a R$ 66,4 mil — a alta de 69%.

Na lista, também aparece o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, com aumento de R$ 22,8 mil, totalizando R$ 62 mil por mês (alta de 58%). O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, deve passar a receber um adicional de R$ 23,8 mil. O salário irá para R$ 63 mil (acréscimo de 60%).

Há ainda o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, com elevação de R$ 17,1 mil, indo a R$ 56,4 mil por mês (aumento de 44%).

De acordo com o Ministério da Economia, das mil pessoas que serão beneficiadas pela regra, mais de 70% são médicos e professores. O teto duplo vale para profissionais dessas áreas que acumulam funções.

Para o restante do funcionalismo público, o que o governo Bolsonaro oferece é o congelamento de salário durante a maior tragédia sanitária dos últimos 100 anos, com a justificativa de que a União está sem dinheiro. Além do que seu governo ataca frequentemente os chamados “fura-tetos”.

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Uma resposta

  1. Não há dinheiro para saúde, educação e outros ministérios mas para leite condensado, vinho, chiclete e a picanha mais cara do mundo não falta, aumentar salários além do teto constitucional para membros do executivo de até 69% não é honesto, portanto, a mamata não acabou como você Bolsonaro disse lá atrás a frase a ser dita é a mamata aumentou.

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