
O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) chamou Jair Bolsonaro de “pai da fome” por conta da inflação sobre os alimentos, cujos preços subiram, apenas em julho, 1,74%.
“A inflação nos últimos 12 meses segue superior a 10% e alimentos e bebidas subiram mais de 1%. Para os pobres só piora. Bolsonaro é o pai da fome!”, publicou o parlamentar no Twitter.
Jair Bolsonaro comemorou a deflação registrada pelo IBGE em julho, mas não comentou a continuação do aumento do preço dos alimentos.
“A inflação de Bolsonaro diminuiu para quem anda de carro, mas continua explodindo para quem tem fome. Como pode ter inflação negativa, mas encarecer 1% os alimentos?”, perguntou Orlando Silva.
Os preços do leite longa vida variam entre R$ 6 e R$ 11 nos supermercados.
O deputado ainda listou:
“- Botijão de gás: subiu 21,36%;
– Leite: subiu 25%.
– Diesel: subiu 61,98%
– Bancos: 132 BILHÕES DE LUCRO, 49% a mais que em 2021”.
A inflação acumulada dos últimos 12 meses está, mesmo com a queda de julho, em 10,07%. Na alimentação no domicílio, a inflação em 12 meses é de 17,50%.
A situação se agrava no país com o desemprego elevado, 39 milhões vivendo de “bico”, renda caindo e 33 milhões sem ter o que comer.
Na alimentação no domicílio, que acelerou de 0,63% em junho para 1,74% em julho, as maiores altas do mês ficaram por conta do leite longa vida (25,46%), cujos preços já haviam subido 10,72% no mês anterior. Além disso, os preços de alguns derivados, como o queijo (5,28%), a manteiga (5,75%) e o leite condensado (6,66%).
Outro destaque de altas foram as frutas, com avanço de 4,40% e impacto de 0,04 p.p. no IPCA de julho.