“Na contramão da ciência, o presidente promoveu aglomerações nas horas críticas e prescreveu remédio como um charlatão. Tudo será cobrado na hora certa. Agora temos que salvar vidas”, afirmou o ex-governador
O ex-governador e ex-ministro Ciro Gomes (PDT) afirmou, em entrevista à CNN, no sábado (12), que Bolsonaro “foi responsável pelo desastre da pandemia que matou o dobro de brasileiros que nos países vizinhos”.
“O presidente vai responder a isso nos tribunais, ou perante a história. Na contramão da ciência, promoveu aglomerações nas horas críticas, prescreveu remédio como um charlatão. Tudo será cobrado na hora certa. Agora temos que salvar vidas”, disse Ciro.
“Bolsonaro foi responsável pelo desastre da pandemia que matou o dobro de brasileiros que nos países vizinhos”
“Quando ele diz que a vacina não é obrigatória, ele está atrapalhando a vacina contra o sarampo. Ele está atrapalhando a vacina para poliomielite”, denunciou Ciro Gomes.
“Nós nunca precisamos obrigar ninguém, até porque a Constituição não permite, a se vacinar. Ele é um irresponsável quando fala uma coisa dessas”, denunciou.
“A vacina é um imperativo da vida em comunidade. Ela representa um sopro de civilidade. É o que nos faz diferentes das sociedades medievais onde essa mistura picareta de religiosidade manipulada com politicagem fascista faz a apologia da ignorância e da idiotice, como o presidente faz”, destacou o ex-governador.
Ciro disse que “Bolsonaro é uma nota de três reais. Acredite nele quem quiser, mas o que ele faz é embalar uma grande fake news, uma grande mentira, para iludir a população que estava chocada com a frustração do lulopetismo pela economia, na produção da pior crise da história, e pelo escândalo generalizado de corrupção”.
Gomes contestou a avaliação do entrevistador da CNN de que Bolsonaro tenha crescido no Nordeste. Ele avaliou que Bolsonaro apenas conteve sua queda livre. “Ele não conseguirá levar o governo atá o fim sem uma grave crise estrutural”, avaliou. “Sua aprovação está em 34% o que é pouco e mostra os limites das políticas sociais compensatórias”, avaliou.
“Você veja, na medida em que o lulopetismo se afirma da política social compensatória, vem o Bolsonaro e faz o socorro, o mesmo eleitor, num sentimento nobre de gratidão, diz muito obrigado, mas isso não é o suficiente, nem para uma coisa nem para outra. O Brasil está numa situação tão grave que o debate vai ser noutra dimensão”, afirmou o líder do PDT.
Ciro chamou a atenção para as ameaças à nossa soberania nacional por parte do governo. “Esses politiqueiros estão entregando o Brasil para potências estrangeiras”, denunciou o presidenciável do PDT.
“Submeteram um brigadeiro brasileiro ao Comando Sul das Forças Armadas norte-americanas, que têm uma concepção de defesa que considera o Brasil um mero protetorado”, denunciou.
“Esses politiqueiros estão entregando o Brasil para potências estrangeiras”
“Entregaram a Embraer, a joia da nossa estrutura industrial de defesa, para a Boeing americana, usando um voto privilegiado que é a golden share que o Brasil possui, e entregaram um enclave no território brasileiro, onde nem as forças brasileiras de segurança podem ter acesso, transformando a região em alvo das grandes potências”, observou.
Para o ex-ministro da Fazenda, a crise está se agravando. “No governo Bolsonaro 150 bilhões de dólares fugiram do Brasil. O brasileiro está desempregado, salário mínimo congelado e a inflação do consumo popular subindo pesadamente. O presidente está vendo que a vaca foi para o brejo e sabe que esta agenda do Guedes não consulta a real situação brasileira nem de longe”, prosseguiu.
“No governo Bolsonaro 150 bilhões de dólares fugiram do Brasil”
“Alguns militares, muito superficialmente vêm falando em retomada do desenvolvimento, o Rogério Marinho, que conhece um pouco mais a realidade brasileira, porque vem do Nordeste, também está falando disso. Eles estão falando em retomada do desenvolvimento e isso custa dinheiro e ele não tem dinheiro para nada”, apontou Ciro.
“Quando a pandemia começou no Brasil a renda média dos 110 milhões de brasileiros mais pobres era de 413 reais, passou a ser 600 reais. O governo queria só 200 reais, nós brigamos no Congresso para aumentar, e acabou chegando nos 600 reais. Isso impediu que a recessão fosse maior”.
“Então, as pessoas estão comendo um pouco melhor, estão se vestindo um pouco melhor, se transportando com um pouco mais de decência”, observou. “E as pessoas são generosas e gratas, mas isso tudo vai sumir. Vai sumir por que? Porque agora em setembro cai para 300 reais e em janeiro não tem mais nada. O que ele está fazendo é tentar prorrogar isso para ter alguma influência nas eleições”, disse o ex-governador.
Ciro acrescentou que “eles do governo não querem fazer o que o mundo inteiro está fazendo, que é tributar os mais ricos. Aqui eles têm interdição ideológica e não fazem”. “Não há nenhuma proposta para o enfrentamento da crise econômica, por falta de preparo, por corrupção e por comprometimento ideológico. Não se constrói uma alternativa para o financiamento deste buraco nas contas públicas. Não é com corte de salário de servidores públicos que se vai cobrir um deficit de 1 trilhão de reais”, ponderou.
“Não há nenhuma proposta para o enfrentamento da crise econômica por falta de preparo, por corrupção e por comprometimento ideológico”
“Se tivéssemos um imposto de meio ponto percentuais sobre os grandes patrimônios, nós teríamos 70 bilhões de reais, se nós taxássemos os lucros e dividendos, que o mundo inteiro taxa, e eu cobrei quando fui ministro da Fazenda do Brasil, nós arrecadaríamos 90 bilhões de reais. Se passarmos um pente fino nas renúncias fiscais clientelistas, corruptas, que o governo foi cedendo ao longo do tempo, e eles estão agravando, nós arrecadaríamos 60 bilhões de reais. Eu estou aqui dizendo como podemos resolver o problema do deficit público. Eles não têm saída nenhuma. Essa é a tragédia”, completou Ciro Gomes.
Esse desgoverno entende muito é de mentira e nada mais, breve será desmascarado e a verdade libertará o povo que foi encanado, a verdade acima tudo e a Constituição acima de todos.