“É difícil entender a mente do presidente. Mais ainda entender seu coração. São atitudes de desprezo pela vida”, condenou
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), não conteve sua indignação e disparou contra Jair Bolsonaro nesta segunda-feira (1º). “Está matando sua própria gente”, disse o chefe do Executivo gaúcho sobre o comportamento do presidente frente a pandemia.
“Não adianta evocar Deus e colocá-lo acima de todos, porque Deus coloca a vida em primeiro lugar. Então se é para obedecer um mandamento divino, lembre-se que está entre os mandamentos não matar, e um líder na posição dele, que despreza os cuidados sanitários e despreza a sua gente, buscando algum proveito político ou se desfazer de algum prejuízo que possam causar as medidas que devem ser tomadas, infelizmente está matando”, afirmou Eduardo Leite.
O governador do Rio Grande do Sul avalia que Bolsonaro não tem feito esforço para poupar vidas no Brasil e que é o responsável por tantas mortes. Ontem, pelo terceiro dia seguido, o país registrou a maior média móvel de mortes por covid-19 durante toda a pandemia. Foram 1.223 óbitos em média, nos últimos sete dias. Esse dado coloca o país novamente em tendência de aumento das mortes.
“Não tem como entender que o presidente da República não seja responsável por esse número de mortes no Brasil uma vez que gera confusão. (…) É desumano, é egoísta e é uma irresponsabilidade. Se a sua preocupação é a economia, ouça o seu ministro da Economia que diz que vacinar é o grande programa de recuperação econômica. A vacina é que vai parar o vírus. E se não podemos parar o vírus temos que parar as pessoas que carregam o vírus”, completou Eduardo Leite.
“É difícil entender a mente do presidente. Mais ainda entender seu coração. São atitudes de desprezo pela vida. Isso choca. Aliás, está nos mandamentos: não matarás. Não adianta evocar Deus, colocar acima de todos, porque Deus coloca a vida em primeiro lugar”, disse o governador.
Eduardo Leite se posicionou um dia depois de o presidente listar os recursos repassados aos 26 estados e ao Distrito Federal para o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus, porém os recursos efetivamente repassados para a área da saúde são uma quantia “absolutamente minoritária” dentro do montante publicado pelo presidente.
Leite afirmou que o governo federal patrocina “oficialmente fake news e mentiras” durante a pandemia, “com distorção de fatos e dados”. “Não bastasse já a confusão que o presidente da República gera ao defender tratamentos sem recomendação científica, confusão nas vacinas, agora, também faz sobre a aplicação de recursos. Ele insiste em dividir nossa população e gerar confusão”, disse.Segundo o governador, os R$ 40,9 bilhões que o presidente diz ter repassado ao estado misturam valores referentes a vários compromissos, inclusive as transferências constitucionais obrigatórias.
“Ou seja: não tem decisão política, é transferência automática, que independe de quem está no comando do Planalto. Se ele quiser usar este número, uma pergunta precisa ser feita: como os gaúchos mandaram R$ 70 bilhões em impostos federais para Brasília em 2020, onde estão os outros R$ 30 bilhões que não voltaram?”, questionou Leite durante a live.
Para o governador, “a intenção do presidente é causar confusão. É a narrativa oficial de alguém que quer se esquivar do quadro dramático, pela negação da ciência. Infelizmente, o presidente insiste na divisão, no conflito, no confronto, quando temos um inimigo em comum que é o vírus, e poderíamos ter usado isso como fator de união nacional”, finalizou.
Eduardo Leite foi um dos 19 chefes de Estado que assinaram carta contestando o presidente da República em relação à postagem no fim de semana. Segundo os governadores, os recursos efetivamente repassados à saúde não condizem com o total publicado pelo presidente.
“Em meio a uma pandemia de proporção talvez inédita na história, agravada por uma contundente crise econômica e social, o Governo Federal parece priorizar a criação de confrontos, a construção de imagens maniqueístas e o enfraquecimento da cooperação federativa essencial aos interesses da população”, diz a carta.
O documento foi assinado por 18 governadores como João Doria (PSDB-SP), Cláudio Castro (PSC-RJ), Rui Costa (PT-BA), Ronaldo Caiado (DEM-GO), Camilo Santana (PT-CE) e outros.
Uma resposta
O presidente pinóquio com o seu desgoverno bastante ordinário em todos ministérios, quer passar para a população desinformada e a maliciosa neofascista, o que ele não foi, não é e nem será um bom sujeito e se utiliza de frase que foi repetida varias vezes pelo nazista Hitler como Alemanha acima de tudo, aqui o arruaceiro usou em sua mentirosa campanha eleitoral em 2018, as frases Brasil acima de tudo e Deus acima de todos, isto para enganar parte dos evangélicos e outros seguimentos, a verdade é que ele defende torturadores, ditadores, milicianos e outros grupos do gênero mais fica pronunciando o nome de Deus em vão e vai pagar caro por isto por que a mão de Deus é pesada para os mentirosos e falsas testemunhas. A verdade acima de tudo.