
O presidente do momento e vice participaram de cerimônia na Academia Militar das Agulhas Negras no sábado (26). Chefe do Executivo fingiu que o vice não existia
Jair Bolsonaro (PL) deixou o vice-presidente, Hamilton Mourão (Republicanos), sem resposta durante evento na Aman (Academia Militar das Agulhas Negras), no sábado (26) em Resende, no Rio de Janeiro.
Ambos acompanharam a “Cerimônia de Entrega de Espadas aos Aspirantes a Oficial da Turma Bicentenário da Independência do Brasil”. Trata-se de evento importante no contexto da academia militar, que forma a elite do oficialato do Exército brasileiro.
Mas no plano geral do país, isso tem pouca ou nenhuma relevância. Ambos privilegiaram essas agendas pelo vácuo que foi a gestão do chefe do Poder Executivo, entre 2019, até agora, nos estertores do mandato.
No vídeo, é possível ver que o senador eleito pelo Rio Grande do Sul tenta falar com Bolsonaro em dois momentos. No primeiro, o presidente se vira, mas fica calado, e, no segundo, ignora Mourão por completo, sem nem mesmo olhar para ele.
Esse foi o primeiro compromisso aberto que o chefe do Executivo participou desde a derrota no segundo turno das eleições de 2022 para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
BOLSONARO RECLUSO DESDE A DERROTA
Depois do dia 30 de outubro, quando ocorreu o pleito, as outras duas únicas aparições de Bolsonaro tinham sido em um discurso a jato, feito dois dias após o resultado das urnas, e em vídeo publicado nas redes sociais dele.
Assim como ocorre em outros quartéis espalhados pelo Brasil, o local onde foi realizado o evento da Aman reuniu apoiadores de Bolsonaro, que questionam o resultado das urnas e pedem a intervenção das Forças Armadas.
TRAMANDO CONTRA A DEMOCRACIA
Ele estava recluso e sem trabalhar, o que não é nenhuma novidade, mas isso não quer dizer que ele nada está fazendo. Bolsonaro tem tramado contra a democracia e o resultado soberano das urnas todos dos dias. Mas até agora não obteve êxito.
Antes da brevíssima coletiva à imprensa que deu dois dias depois da derrota para Lula, ele tentou inutilmente articular respaldo com líderes políticos e as cúpulas militares para iniciar uma virada de mesa contra o resultado soberano das urnas em 30 de outubro.
Tudo indica, que até a posse de Lula, Bolsonaro vai tentar criar factoides, com o claro e evidente propósito de alimentar clima negativo e de insegurança antes da posse do presidente eleito.
M. V.
mourão e bolsonaro se merecem, são ratos do mesmo esgoto, tá tudo em “casa”.
Tudo farinha do mesmo saco! Gostam de moleza! E olha que eu tenho pavor da esquerda! Só Deus pelo Brasil!