Bolsonaro leva tombo ao voltar ao único hospital que visitou na pandemia

Exato momento em que Bolsonaro se estatelava em Goiás (reprodução da TV)

É o mesmo hospital em Goiás, onde ele foi, sem máscara, junto com Mandetta. Desceu do helicóptero e se estatelou no chão

Depois de desdenhar os mais de 30 mil brasileiros mortos, dizendo que “este é o destino de todos”, Bolsonaro resolveu participar da inauguração, pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado, do Hospital de Campanha de Águas Lindas de Goiás, no Entorno do Distrito Federal, nesta sexta-feira (5).

Bolsonaro chegou sem máscara e, ao descer do helicóptero e se dirigir hospital, escorregou, tropeçou numa mangueira e se estatelou no chão. Foi suspenso rapidamente por auxiliares e se dirigiu ao encontrou do governador Ronaldo Caiado que, de máscara, cumprimentou a todos com o cotovelo, como determinam as normas de segurança. Toda a equipe do governador também estava de máscara.

Veja ao vídeo do tombo

A estrutura do hospital de campanha é a primeira unidade a ser construída com ajuda do governo federal e foi inaugurada mais de 40 dias após a conclusão, em Águas Lindas de Goiás. O hospital levou 15 dias para ser construído mas ficou parado todo esse tempo para ser inaugurado. Ele ainda não começou a funcionar. Terá que passar por uma desinfecção depois da cerimônia desta sexta-feira. Vai ter 60 leitos, sendo 20 de UTI.

Há dois meses, Bolsonaro já tinha ido neste mesmo local, anunciar o mesmo hospital. Na ocasião, o ex-ministro Henrique Mandetta, ainda no cargo, e que estava na comitiva, criticou o comportamento do presidente que, sem máscara, promoveu aglomerações e ironizou os que tinham medo da pandemia. Nada mudou desde então no comportamento do presidente. Ele não fez mais nenhuma visita a hospitais, nem mesmo para se solidarizar com os profissionais de saúde ou com familiares de pacientes acometidos pela Covid-19.

Ao contrário do que deveria fazer, Bolsonaro seguiu insuflando as pessoas a desobedecerem as ordens médicas e a não tomarem medidas de proteção a si mesmas e às suas famílias. Passou a ser apontado por vários governantes mundo afora, e até mesmo por seu estimado guru, Donald Trump, presidente dos EUA, como um desastre e uma ameaça para a população brasileira. Nesta sexta-feira, Trump disse que, se os EUA tivessem feito o que o Brasil [leia-se Bolsonaro] fez, eles teriam mais um ou dois milhões de mortos.

O desastre no Brasil só não foi maior porque os governadores impediram, que predominasse no país a linha genocida de Bolsonaro.

Agora, de novo, na nova inauguração do hospital de Águas Lindas, ele desobedece à determinação das autoridades, de que todas as pessoas usem máscaras nas ruas, e repete tudo o que não podia ser feito. Provoca aglomeração, não usa máscara, esfrega a mão no nariz, cumprimenta outras pessoas, etc. A única diferença é que na primeira vez ele não tinha se estatelado e o número de mortos ainda era bem menor.

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