
O ex-presidente Jair Bolsonaro, na quinta-feira (17), defendeu as sanções impostas por Donald Trump contra o Brasil e falou que “não tem ataque à soberania nacional”.
Donald Trump disse explicitamente que, ao impor taxas de 50% sobre todos os produtos brasileiros, quer interferir na Justiça e parar o processo contra Jair Bolsonaro, que é réu por tentativa de golpe.
Bolsonaro alega que “não tem ataque à soberania nacional”.
“O que ele [Trump] quer aqui? Que a democracia seja estabelecida no Brasil”, continuou a sessão de capachismo.
Jair Bolsonaro, que seria o principal beneficiado, quer que o Brasil ceda às ordens de Donald Trump.
Seu filho, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), abandonou o cargo na Câmara dos Deputados para trabalhar nos EUA pelas taxas contra o Brasil.
Além disso, Bolsonaro defendeu que Trump está “buscando uma paridade” nas relações comerciais.
Trump diz, falsamente, que os EUA são prejudicados nas relações comerciais que mantém com o Brasil. Nos últimos 15 anos, os EUA tiveram um superávit de US$ 410 bilhões em relação ao Brasil.
Bolsonaro voltou a falar que não houve tentativa de golpe de Estado e que ele é perseguido por Alexandre de Moraes. As provas obtidas pela Polícia Federal mostram que ele capitaneou o planejamento de um golpe de Estado, que só não foi bem sucedido porque não teve apoio das Forças Armadas.
Apesar de minimizar a tentativa de ingerência de Donald Trump sobre a democracia brasileira, Jair Bolsonaro disse que está preocupado com o estreitamento dos laços econômicos com a China.
Para ele, “o Brasil está deixando de ser soberano economicamente”. “Até a Índia está negociando [as taxas impostas por Trump]. O Brasil está ficando isolado, quando falamos de soberania economicamente vai ficar só nós e a China, dependente da China”, falou o papagaio de Trump.