
A abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) a uma mulher na Via Dutra, em Resende (RJ), no último sábado (27), foi determinada pelo próprio Jair Bolsonaro, segundo boletim de ocorrência registrado pela equipe da PRF que realizava a escolta oficial.
De acordo com o documento, Bolsonaro estava acenando para motoristas na rodovia por volta de 9 da manhã quando foi xingado pela mulher, que estava no banco de passageiro de um veículo, que passava na região.
Na ocorrência consta que ela “gritou palavras de baixo calão direcionadas a ele, mais especificamente berrou ‘Bolsonaro filho da puta’, da qual alegou que foi desrespeitoso”, segundo publicou a coluna Painel do “Jornal Folha de S. Paulo”.
Ainda segundo o registro, a equipe da escolta abordou o veículo “mediante determinação do próprio sr. Presidente” e enquadrou a autora da injúria nas “devidas cominações legais e qualificou os demais ocupantes.”
“Diante das informações obtidas, foi constatada, em princípio, ocorrência de injúria com causa de aumento de um terço na pena por ter sido cometida contra o Sr. Presidente da República”, consta no boletim.
Bolsonaro estava em Resende para participar da formatura de cadetes na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), escola na qual o atual presidente se formou.
Mas, e o Aristides?
Na internet, a informação que corre é que, além de ter chamado Bolsonaro de “filho da puta”, a mulher também teria lembrado um episódio da juventude de Jair, chamando-o de “noivinha do Aristides”.
Segundo o portal “O Antagonista”, Aristides foi um instrutor de judô de Bolsonaro quando ele estava no Exército.
O apelido teria desagradado o presidente, que mandou uma equipe da PRF prender a pessoa que o proferiu.
O caso da “noivinha do Aristides” se tornou, então, o assunto mais comentado do Twitter no Brasil durante a segunda-feira (29), com mais de 32 mil menções.