Desatino e fixação de Bolsonaro na disseminação do ódio entre brasileiros revela total incapacidade para seguir à frente do Planalto
Jair Bolsonaro usou uma solenidade referente à liberação de verbas para o Metrô de Belo Horizonte, nesta quinta-feira (30), para manipular e colocar nos ombros uma criança fantasiada de policial, carregando um fuzil. A cena é uma das coisas mais imorais e degradantes que já se viu no Brasil. Em sua tara doentia por disseminar a violência, ele estimulou a criança a simular que atirava nos presentes à solenidade.
Bolsonaro elogiou os pais do menino, que não teve seu nome revelado, e defendeu o estímulo ao uso indiscriminado de armas por parte da população. “Obrigado aos pais desse moleque por estar o emprestando para dar um exemplo de civilidade. Obrigado, Polícia Militar de Minas Gerais”, afirmou. Na verdade, esse comportamento patológico de fazer apologia da morte não é casual, ele faz parte dos planos de Bolsonaro de armar e estimular as suas milícias pelo país à fora.
“Eu estou com quase 70 anos. Quando eu era moleque, eu brincava com isso: arma, flecha, estilingue. Assim foi criada a minha geração e crescemos homens, fortes, sadios e trabalhadores”, acrescentou o ex-capitão reformado, que foi punido pelo Exército Brasileiro por ameaçar explodir bombas em quartéis e no sistema de abastecimento de água do Rio, na década de 80.
TERRORISTAS DO ESTADO ISLÂMICO FAZIAM O MESMO
Já desde essa época, da punição sofrida por ameaçar o país com bombas, Bolsonaro é visto como um sujeito desequilibrado e desqualificado. Essa sua característica violenta, desrespeitosa e covarde vem se mantendo, e até se agravando, nos últimos tempos. A imagem de Bolsonaro com a criança armada é praticamente a mesma que era disseminada pelo grupo terrorista Estado Islâmico com o objetivo de angariar adeptos para suas ações. No Brasil o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) proíbe esta utilização.
Desde que assumiu o governo, em 2019, Bolsonaro não tem tempo para governar. Simplesmente deixou a pandemia ceifar a vida de quase 600 pessoas. Vive atacando as medidas sanitárias e fazendo aglomerações. Quase nunca é encontrado em Brasília trabalhando. A atividade em Belo Horizonte foi apenas mais uma desculpa para viajar e dar continuidade à sua campanha eleitoral antecipada e ilegal, espalhando o vírus em aglomerações e ‘motociatas’ de autopromoção.
O amigão do Queiroz – miliciano que operou os esquemas de rachadinha da família – cumprimentou com chapéu alheio em BH, pois a verba de quase R$ 3 bilhões já estavam liberados por obra da e esforço de toda a bancada mineira no Congresso Nacional. O que ele tinha que fazer era sancionar o projeto aprovado. E se, por ventura, ele vetasse, teria mais um veto derrubado pelos parlamentares na sequência de quase dez vetos derrubados no início desta semana em Brasília.
PLANO É DISSEMINAR PROPAGANDA DA VIOLÊNCIA NAS REDES
Não é a primeira vez que Bolsonaro comete crimes desse tipo com as crianças. Meses atrás, em mais uma de suas aglomerações para espalhar os vírus, ele segurou uma garotinha no colo e retirou a máscara que ela usava. Ele, como sempre, não estava com máscara e queria que ela também não a usasse. Depois, o adepto da cloroquina ensinou a garotinha a fazer sinal da ‘arminha’ com as mãos, como fazem seus milicianos. Ou seja, tornou-se normal para Bolsonaro levar a violência e a morte para o mundo infantil.
Na campanha para armar milícias e bandidos, Bolsonaro flexibilizou a compra de armas. Essa era uma promessa de campanha do alucinado. O Brasil dobrou o número de armas nas mãos de civis em apenas 3 anos, aponta Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Número de armas registradas na Polícia Federal passou de 637 mil, em 2017, para 1,2 milhão, em 2020. Além de novas pessoas se cadastrando para ter armas, houve também um aumento do arsenal. Decretos editados pelo presidente fizeram com que mais armas entrassem em circulação.