
Um dia depois de assumir o Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Alexandre Cabral, que foi nomeado por Bolsonaro, por indicação do condenado por corrupção Valdemar da Costa Neto, do PL, foi destituído do cargo pelo Conselho de Administração do banco.
Alexandre Cabral foi nomeado na segunda-feira (1), tomou posse na terça (2) e foi destituído na quarta (3), após reunião do Conselho de Administração.
A nomeação fazia parte da negociação de Jair Bolsonaro para obter apoio no Congresso.
O Tribunal de Contas da União (TCU) apontou irregularidades em contratos da Casa da Moeda enquanto Alexandre Cabral era o presidente, entre 2016 e 2018. O prejuízo foi de R$ 2,2 bilhões.
Na sua posse, Alexandre garantiu que sua indicação para o cargo “foi técnica”, resultado da “experiência exitosa quando esteve na Casa da Moeda” e não tinha relação com Valdemar Costa Neto e Roberto Jefferson. “Eu gostaria de declarar que eu não conheço esses dois cidadãos, não tenho telefone, não mantive contato”, afirmou no discurso de posse, que aconteceu na manhã da terça-feira (2), na sede do BNB, em Fortaleza.
Também na segunda-feira, Jair Bolsonaro entregou a presidência do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que tem orçamento de R$ 54 bilhões, para o chefe de gabinete do senador Ciro Nogueira (PP-PI), Marcos Lopes da Ponte.
Tentando se explicar para seus apoiadores, Bolsonaro admitiu que estava negociando com diversos partidos, mas garantiu que “em nenhum momento nós oferecemos ou eles pediram ministérios, estatais ou bancos oficiais”.
E desde quando o Banco do Nordeste deixou de ser banco oficial?