Bolsonaro voltou a enaltecer Olavo de Carvalho, após os mais recentes ataques do guru da família aos militares. Na manhã desta terça-feira (7), ele publicou uma nota em seu Twitter na qual exalta o astrólogo.
“Sua obra em muito contribuiu para que eu chegasse ao governo”, escreveu. Para Bolsonaro, sem os trabalhos do guru, “o PT teria retornado ao poder” e, por isso, ele afirma: “Sempre o terei nesse conceito, continuo admirando o Olavo”, a quem também chamou de “ícone”.
“Olavo, sozinho, rapidamente tornou-se um ícone, verdadeiro fã para muitos”, escreveu Bolsonaro. Sobre as críticas do astrólogo aos militares que integram o governo, entre eles o vice-presidente e general da reserva Hamilton Mourão, Bolsonaro diz: “Quanto aos desentendimentos públicos com os militares, aos quais devo minha formação e admiração, espero que seja uma página virada por ambas as partes”.
Na segunda (6), o ex-comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, reagiu às críticas de Olavo. Hoje, fez novas considerações sobre o guru bolsonarista, sobre quem disse que “presta um desserviço ao país”.
“Ele está prestando um enorme desserviço ao país. Em um momento em que precisamos de convergências, ele está estimulando as desavenças”, disse Villas Bôas. “Às vezes, ele [Olavo de Carvalho] me dá a impressão de ser uma pessoa doente, que se arvora com mandato para querer tutelar o país”, continuou o general.
Olavo de Carvalho respondeu às críticas de Villas Boas em seu perfil no Facebook. Nesta manhã, ele publicou uma mensagem na qual se refere ao general como “doente preso a cadeira de rodas”.
“Há coisas que nunca esperei ver, mas estou vendo. A pior delas foi altos oficiais militares, acossados por afirmações minhas que não conseguem contestar, irem buscar proteção escondendo-se por trás de um doente preso a uma cadeira de rodas”, escreveu. Para o guru, Villas Bôas está sendo usado por outros militares.
O general sofre de uma doença degenerativa chamada esclerose lateral amiotrófica. Atualmente, ele ocupa o cargo de assessor especial do ministro Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
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