Jair Bolsonaro esteve presente em evento e se deixou fotografar com um homem tido como integrante de alto escalão do PCC (Primeiro Comando da Capital), maior organização criminosa da País.
Em um evento beneficiente na Vila Belmiro, em Santos (SP), no último dia 28, o presidente pousou ao lado de Fredy da Silva Gonçalves Bento, conhecido como Fredy Restrito, investigado sob a suspeita se operar o esquema de lavagem de dinheiro para o narcotraficante André Oliveira Macedo, o André do Rap.
Segunda a Polícia Civil de São Paulo, Fredy é “o responsável pela lavagem de dinheiro do PCC, sendo o braço direito do criminoso André do Rap”, preso em 2019 como o responsável por chefiar o esquema de envio de toneladas de cocaína do Porto de Santos para a Europa. O narcotraficante foi solto por decisão do ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF), após novo entendimento sobre prisões preventivas. Desde então, Rap está desaparecido.
O homem ao lado de Bolsonaro, segundo investigações, compõe a lavanderia do PCC e se enquadra como suspeito dos crimes de associação para o tráfico de drogas e lavagem ou ocultação de bens.
Reportagem do El País procurou o Gabinete de Segurança Intitucional (GSI) questionando se os protocolos de segurança foram seguidos durante o evento que propiciou o encontro entre o chefe de Estado e um investigado por integrar uma organização criminosa.
A assessoria de imprensa do GSI informou que “Bolsonaro foi convidado e prestigiou o evento, não sendo responsável pelos convidados” e direcionou os questionamento aos organizadores das partidas. Em nota, acrescentou que “o GSI não é responsável pela agenda do presidente, nem tem poder de polícia”.
Bolsonaro ao lado de Fredy Restrito suspeito de lavar dinheiro do PCC está do lado dos que nele sempre votaram como PCC, milicianos, grupo de extermínio e outros grupos semelhantes, isto é gravíssimo. A verdade acima de tudo e a Constituição acima de todos.