Na pesquisa espontânea, Bolsonaro caiu de 30%, em dezembro, para 27%. Diferença que era de 16 pontos para o segundo preferido entre os evangélicos caiu para 7 pontos
Pesquisa Exame/Ideia, divulgada nesta sexta-feira (14), mostra que Jair Bolsonaro está perdendo espaço entre os eleitores evangélicos. Na pesquisa espontânea, 27% dos evangélicos declaram voto em Bolsonaro e 20%, em Lula. A diferença entre os dois candidatos ficou em 7 pontos.
Na rodada da pesquisa, de dezembro, a distância entre os dois era bem maior: 30% das intenções de votos espontâneas dos evangélicos eram direcionadas para o atual presidente, enquanto que apenas 14% eram destinadas ao ex-presidente Lula. Ou seja, a diferença era de 16 pontos percentuais e caiu para 7.
Bolsonaro vem caindo em todos os segmentos sociais, fruto de seu descaso com a pandemia, seu desprezo pelos cuidados com as crianças ante as ameaças da Covid-19 e pelo desastre na economia. A inflação esta disparando, a fome está batendo à porta dos brasileiros, o desemprego nas alturas e Bolsonaro não faz absolutamente nada. Só faz atacar os outros e minimizar o sofrimento do povo.
Se as eleições presidenciais fossem hoje, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) receberia 41% dos votos no primeiro turno, seguido pelo atual presidente Jair Bolsonaro (PL), com 24%, e pelo ex-juiz Sergio Moro (Podemos), com 11%. Já o ex-governador Ciro Gomes (PDT) teria 7% dos votos e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), receberia 4%.
Nos cenários de segundo turno, considerando os candidatos com a maior intenção de votos no primeiro turno, Lula e Bolsonaro. Com o petista, foram considerados quatro cenários: além da disputa com o atual presidente, os nomes de Moro, Doria e Ciro foram submetidos a um confronto com Lula. Em todas as simulações, o ex-presidente venceria. Já Bolsonaro também perderia de Lula, Moro e Ciro. A pesquisa foi realizada entre os dias 9 e 13 de janeiro de 2022 e ouviu 1.500 pessoas por telefone.
O desempenho da terceira via ainda enfrenta dificuldades diante da polarização da corrida eleitoral entre Lula e Bolsonaro. “Ainda é muito embrionária a participação ou a relevância da terceira via nesse contexto. Não chega a dois dígitos a somatória de intenção de voto espontânea de Sergio Moro, Ciro Gomes e João Doria, os três principais candidatos postos pela terceira via”, comenta Maurício Moura, fundador do Ideia.