Ação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos contra o Brasil é uma “traição à pátria”, completa o militar
O general Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria de Governo, afirmou que “jamais uma pessoa causou tanto prejuízo para a imagem das Forças Armadas” como Jair Bolsonaro ao tentar jogar a instituição em seu plano golpista.
Em entrevista ao canal UOL News, Santos Cruz avaliou que as Forças Armadas “sofreram um dano muito grande pela conduta do ex-presidente” e lamentou que militares “foram encantados pela irresponsabilidade” e participaram da tentativa de golpe.
O general Santos Cruz disse que a condenação de Jair Bolsonaro e de seus aliados poderia ser evitada “se houvesse uma normalidade no comportamento”. “Houve uma eleição, que pode ganhar ou perder. Não pode entrar em uma eleição com o espírito de ‘se eu ganhar, valeu, se não ganhar, não valeu’”.
“É a principal obrigação do presidente da República manter a paz social”, disse, assinalando que Bolsonaro deveria ter reconhecido a derrota para disputar as eleições de 2026.
“Não precisava ter aquelas cenas ridículas todas, aqueles acampamentos, nada daquilo. A gente teria a vida normal, sem esses absurdos e todo aquele pessoal condenado. Eu vejo um presidente irresponsável causando um prejuízo imenso”, comentou.
Ele ainda falou que considera a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos por sanções contra o Brasil uma “traição à pátria”.
“Ir para os EUA para conseguir sanções e medidas contra o Brasil, para mim, é absurdo. Isso é um problema de Justiça”, continuou.
“E o pior de tudo é a manutenção do salário e da função, despesas de milhões com gabinete, assessores e funcionários. São coisas inimagináveis que estão acontecendo e não dá para aceitar isso”, acrescentou.
“Acho que qualquer político tem o direito de fazer o que bem entender, mas aqui dentro [do Brasil]. Pode xingar, pode brigar, fazer mobilizar a população na rua, fazer o quiser dentro da lei, mas aqui dentro”, completou.
Eduardo Bolsonaro está morando nos Estados Unidos desde março e tem divulgado em suas redes sociais as reuniões com membros do governo de Donald Trump para solapar a soberania brasileira.
Mesmo com ele admitindo que trabalha por sanções contra a economia e autoridades brasileiras, a Câmara dos Deputados, com voto dos bolsonaristas, manteve o mandato de Eduardo Bolsonaro.
											
								
								








