Bolsonaro quer destruir o cinema brasileiro, diz professor da UnB

Cartaz do 43° Festival de Cinema de Gotemburgo (Suécia). Tradução: "Inimigo Número Um do Cinema"

MAMEDE SAID MAIA (*)

No 43° Festival de Cinema de Gotemburgo (Suécia), que se iniciou ontem, o cartaz com a programação dos filmes brasileiros que passarão no festival traz uma foto do presidente Jair Bolsonaro com o título “Filmens Fiende Nummer Ett” (“Inimigo Número Um do Cinema”).

O Festival tem uma programação especial com 18 filmes brasileiros, entre os quais “Bacurau” e “A Vida Invisível”. Na mensagem oficial do evento, o diretor artístico do festival e crítico de cinema, Jonas Holmberg, assim se manifesta:

“Em janeiro [de 2019], Jair Bolsonaro tomou posse como presidente do Brasil. O ex-militar de direita vê os cineastas brasileiros como inimigos armados com câmeras, e tem deixado muito claro que quer mudar radicalmente o cinema brasileiro. Ou mudá-lo, ou destruí-lo.”

Em destaque, Holmberg cita a ameaça de que a Ancine deve concordar em ‘introduzir filtros’ ou então será fechada.

Como se percebe, não é apenas a produção cinematográfica brasileira que Bolsonaro está destruindo. É também a imagem do país mundo afora…

(*) Diretor da Faculdade de Direito da UnB

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