Bolsonaro recua de indicar diretor de empresa israelense embaixador em Israel

Bolsonaro com Netanyahu, premiê israelense processado por propina, fraude e quebra de confiança. Foto: Fernando Frazão - Agência Brasil

Após uma saraivada de críticas, principalmente de diplomatas, Jair Bolsonaro recuou e desistiu de indicar Paulo Jorge de Nápolis, que é diretor de marketing de uma empresa israelense, para ser o novo embaixador do Brasil em Israel.

O coronel da reserva Paulo Jorge é diretor da Israel Aerospace Industries (IAI), uma das mais importantes empresas de defesa de Israel e que mantém negócios no Brasil.

As críticas partiram da possibilidade de Paulo atuar de forma prejudicial ao Brasil, uma vez que se interessa diretamente em favorecer a IAI.

Até aliados de Bolsonaro chegaram a alertá-lo de que além da questão do lobby escandaloso, a sabatina no Senado exigiria respostas sobre a falta de embaixadores de carreira ocupando cargos no exterior.

Bolsonaro pretende substituir Paulo César de Vasconcellos porque este, segundo os bolsonaristas, é contra a ideia de transferir a embaixada do Brasil em Israel de Tel Aviv para Jerusalém e agradar Donald Trump.

Por sua posição, Bolsonaro chamou o diplomata de “petista”.

As ações de Bolsonaro na política externa isolam e mancham a imagem do Brasil. É um desastre atrás do outro, expondo a diplomacia brasileira ao ridículo.

O caos se instalou com sua política de subserviência ao presidente norte-americano Donald Trump, que acaba de sofrer impeachment na Câmara nos EUA. Além de macaquear Trump, bajula o premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, também às voltas com uma provável condenação por suborno, fraude e quebra de confiança.

Seu plano de nomear seu filho, Eduardo Bolsonaro, para ocupar a embaixada brasileira em Washington foi um fracasso e teve de recuar. Desagradou diplomatas, políticos, imprensa e lideranças empresariais com a estapafúrdia indicação do filho.

Adulou tanto Trump que este barrou a sua festejada suposta entrada na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O governo Trump apoiou a Argentina em lugar do Brasil.

E a brilhante política externa bolsonarista foi coroada recentemente com Trump anunciando a sobretaxa do aço e do alumínio importados do Brasil.

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