Jair Bolsonaro não foi ao 5º Fórum Mundial do Holocausto, em Israel, preferindo ir para a Índia.
O evento comemora os 75 anos da libertação de Auschwitz, o maior campo de concentração nazista.
Pelo menos 40 chefes de estado estiveram no evento. O presidente da Rússia, Vladmir Putin, e da França, Emmanuel Macron. Os Estados Unidos enviou seu vice-presidente, Mike Pence, e a presidente da Câmara, Nancy Pelosi. Todos os países da União Europeia mandaram lideranças.
O Itamaraty confirmou que Bolsonaro foi convidado, mas que ele preferiu uma viagem à Índia. “O governo israelense consultou o Brasil sobre a possibilidade de ida ao evento do Presidente Jair Bolsonaro, que declinou em virtude de visita à Índia”. O único representante do Brasil no evento foi o embaixador em Israel.
O 5º Fórum Mundial do Holocausto aconteceu na quarta e quinta-feira (22 e 23), em Jerusalém, com o mote “Relembrando o Holocausto: combatendo o anti-semitismo”.
Nem mesmo o caso de Roberto Alvim, ex-secretário da Cultura que publicou vídeo parafraseando e imitando o ministro da propaganda de Hitler, Joseph Goebbels, fez com que Bolsonaro prestasse sua homenagem aos assassinados pelo nazismo.
Por sua vez, Eduardo Bolsonaro, deputado federal, saiu em defesa de Roberto Alvim e disse que o nazismo não é tão ruim.
O evento acontece no mês em que se comemoram os 75 anos da libertação do maior campo de concentração nazista, o de Auschwitz, na Polônia, pelas tropas soviéticas. A libertação aconteceu em 27 de janeiro de 1945.
Quando esteve em Israel, Bolsonaro chegou a dizer que o “nazismo é de esquerda”, por carregar o nome “nacional-socialista”. O Memorial Yad Vashem, que homenageia os mortos pelo nazismo e recebeu o 5º Fórum Mundial do Holocausto, afirma que o movimento de Hitler foi de “extrema-direita”.
Bolsonaro também disse no início do ano passado que “podemos perdoar” os crimes dos nazistas. O memorial emitiu uma nota dizendo que “não é direito de nenhuma pessoa determinar se crimes hediondos do Holocausto podem ser perdoados”.