Bolsonaro foi buscar o ex-deputado federal Roberto Jefferson, réu confesso por corrupção, para se apoiar no ataque ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e outras lideranças políticas.
Jair Bolsonaro fez uma live em suas redes sociais, na noite do domingo 19, assistindo e divulgando uma outra live feita por Roberto Jefferson, de quem se tornou amigo durante seus 28 anos como parlamentar.
No vídeo, Jefferson acusa Rodrigo Maia, entre outras coisas de tramar um “golpe parlamentarista” contra Bolsonaro. “O que eu tenho assistido e o Brasil tem presenciado é que o Rodrigo Maia e o Alcolumbre vêm tomando a agenda política das mãos do presidente Bolsonaro, que foi eleito para governar o Brasil. O Rodrigo não obedece mais os interesses do Governo”, afirmou o presidente do PTB.
Para agradar Bolsonaro, além de Maia e Alcolumbre, Jefferson incluiu ainda o STF, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), do Rio, Wilson Witzel (PSC), e a TV Globo no rol dos que supostamente conspiram contra o “Mito”. Segundo ele, para tirar Bolsonaro tem que ser “na bala”.
O vídeo foi dirigido por um tal jornalista Oswaldo Eustáquio, conhecido por espalhar notícias falsas.
Roberto Jefferson foi réu confesso, condenado e preso por corrupção no chamado “mensalão”. Ele foi condenado a mais de 10 anos pelo Supremo Tribunal Federal por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, pena que foi reduzida para 7 anos e 14 dias, beneficiado por um acordo de delação.
Ele confessou que recebeu R$ 4 milhões de propina para apoiar o governo Lula. Por conta disso, em 14 de setembro de 2005, teve ainda seu mandato cassado por 313 votos contra 156 e perdeu seus direitos políticos por oito anos.
Em tudo o que Jefferson está metido é evidência de desastres e malfeitos. O pé frio foi da “tropa de choque” para impedir o impeachment de Fernando Collor. Mas não adiantou e Collor foi afastado por corrupção.
Foi aliado do governo Lula, mas ele mesmo foi pivô do “mensalão” e por pouco não ocasionou a queda do petista. Foi da base aliada de Dilma Rousseff e no final ela sofreu impeachment.
Depois, para apoiar Temer, indicou sua filha, a ex-deputada Christiane Brasil para ocupar o Ministério do Trabalho. Mas a nomeação foi um grande gol contra e desgastou mais ainda o já desgastado governo Temer, porque ela foi barrada pela Justiça. Jefferson acabou desistindo de indicar sua filha ao posto diante do desgaste.
Como se não bastasse, a Procuradoria-Geral da República denunciou Christiane por integrar uma organização criminosa com atuação num esquema corrupto de registros sindicais ilegais no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Ele próprio foi denunciado pela PGR no esquema.
Nada importante para o país nas matérias relacionadas. Oportunismo e oportunistas juntos visando benefícios próprios. Verdadeiros civil “social”.
Você não acha isso. Tanto assim que foi impelido a fazer esse comentário. Sinceridade, leitor, sinceridade.