Bolsonaro tenta pressionar WhatsApp por fake news em massa na eleição

Foto: Reprodução - Youtube

Jair Bolsonaro afirmou que vai procurar representantes do WhatsApp no Brasil para tratar do acordo firmado entre o aplicativo e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que deixou para depois das eleições deste ano o lançamento no país de uma nova ferramenta que permite a criação de comunidades com milhares de pessoas.

Atualmente, o número máximo é de 256 integrantes por grupo, mas o recurso “Comunidades” expandirá para 2.560. O aplicativo anunciou na quinta-feira que vai lançar uma nova funcionalidade no Brasil, chamada Comunidades, no próximo ano.

“Já conversei com o (ministro das Comunicações) Fábio Faria. (Ele) vai conversar com representante do WhatsApp aqui no Brasil para explicar (o acordo). Se ele (WhatsApp) pode fazer um acordo com o TSE, pode fazer comigo também, por que não?”, disse Bolsonaro, em entrevista à CNN Brasil, no Guarujá (SP), onde passa o feriado de Páscoa.

Em outras palavras, Bolsonaro quer pressionar a plataforma em seu proveito, para ter um meio de enviar suas fake news maciçamente no período eleitoral e se reeleger fora dos limites da lei.

A plataforma e o TSE concordaram em adiar o lançamento para evitar que as eleições sejam manipuladas por fake news e disparos em massa de desinformações, como aconteceu nas eleições de 2018, em que a campanha de Bolsonaro utilizou largamente desse recurso fraudulento.

O fato de Bolsonaro se mostrar revoltado com o acordo do TSE com a plataforma é sintomático das péssimas intenções dele nas eleições. O que deveria ser saudado como um bom acordo pelo presidente da República para preservar a lisura das eleições é rejeitado violentamente por ele.

Na sexta-feira (15), Bolsonaro participou de um passeio de moto com apoiadores em São Paulo em direção à cidade de Americana.

Em discurso e em entrevistas, ele atacou raivosamente o TSE e o WhatsApp e bravateou que “não vai ser cumprido esse acordo que por ventura eles tenham feito com o Brasil”.

A declaração dele é inútil, porque o governo federal não tem poderes para interferir no acordo entre o TSE e a plataforma.

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