O Ministério da Defesa vai condecorar o advogado que defende os nove militares envolvidos na fuzilaria que assassinou o músico Evaldo Rosa, em Guadalupe, Zona Norte do Rio de Janeiro.
Paulo Henrique Pinto Mello, que defende os militares, consta da lista de 300 nomes que vão receber a honraria publicada no Diário Oficial da União (DOU) na terça-feira (16). Ele receberá a Medalha da Vitória, que é concedida a ex-combatentes da Segunda Guerra ou de missões de paz, além de civis que prestaram serviços relevantes na avaliação do Ministério da Defesa. Paulo Henrique é militar da reserva.
O governo alega que a homenagem já havia sido determinada em 15 de março, antes do advogado assumir o caso dos nove militares. Entretanto, a portaria que valida os nomes dos condecorados foi assinada pelo ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, no dia 12 de abril. A ação que vitimou o músico aconteceu no dia 7 de abril. A solenidade de entrega da medalha deve acontecer no dia 8 de maio.
Paulo Henrique tentou soltar seus nove clientes da prisão, mas o pedido de habeas corpus foi negado pelo Superior Tribunal Militar (STM).
Os nove militares atingiram o carro de Evaldo Rosa disparando mais de 200 tiros de metralhadora, acertando 83 no carro. Além de Evaldo, estava no carro a sua esposa, Luciana Nogueira, seu filho de sete anos, Davi, seu sogro Sérgio Araújo, ferido no ataque, e uma amiga da família, Michele Neves.
Evaldo morreu no local e Luciano Macedo, catador que socorreu a família, recebeu três tiros pelas costas, foi para o hospital em estado grave e acabou morrendo na madrugada da última quinta-feira (18) no Hospital Carlos Chagas, em Marechal Hermes.
Evaldo e a família estavam se dirigindo para um chá de bebê, quando ao passar por uma patrulha do Exército teve seu carro alvejado pelos militares.
Logo que aconteceu a ação, o comando do Exército alegou em nota que os militares tinham sido atacados e que deram a resposta. As evidências, os testemunhos, a contestação da esposa e a repercussão negativa fizeram Comando Militar do Leste (CML) recuar e determinar a prisão de 10 militares envolvidos na ação. O Exército reconheceu que havia “inconsistências” na versão dos militares. Dos dez militares, um foi solto porque ficou comprovado que não atirou.
Segundo Luciana Nogueira, esposa de Evaldo, mesmo depois de verem o absurdo que fizeram, “eles ficaram de deboche”. Luciana contou que a família vinha cantando, brincando dentro do carro, porque ali se passa devagar. “Eu vi que o Exército estava do lado de lá (da avenida), mas é Exército, estava para te proteger. Aí deram tiro. Eles acertaram meu marido. Atiraram de propósito”, contou.
Vários outros moradores e pessoas que passavam pelo local na hora do ataque alertaram os atiradores de que havia uma família dentro do carro. Mesmo assim, vendo que não havia revide algum, os tiros continuaram contra o carro.
Saiba mais:
Fatalidades acontecem, agora transformar isto em um sensacionalismo barato como se isto fosse a primeira que cidadãos são fuzilados entre eles ou por parte da polícia ou do exército em nosso país, já é manipulação tendenciosa pro esquerda sobre a massa desinformada a jogando contra o governo eleito.
Leitor, foram disparados 200 tiros contra o carro, isto é, contra Evaldo Rosa e a família. Ou seja, a patrulha despejou o pente de balas de suas armas sobre uma família – obviamente, desarmada, que ia em direção a uma festa, a um chá de bebê. 83 desses tiros atingiram o carro, onde havia uma criança de sete anos, duas mulheres e um idoso – além do próprio Evaldo, que morreu. Além disso, assassinaram quem tentou ajudar a família, Luciano Macedo, com três balas nas costas. Não houve pedido de que o carro parasse, muito menos houve tentativa de identificar quem estava no carro. Simplesmente, viram o carro e atiraram.
Você chama isso de “fatalidade“?
Fatalidade? “…entre eles”?!?! A banalidade do mal nestes sombrios tempos evidenciam a natureza desumana em relação aos seus semelhantes. A capacidade de se indignar não pode, não deve ser mascarada por juízos de valor, quer sejam políticos, ideológicos ou de qualquer outra caracteristica, pois é inerente ao ser humano, quando ainda realmente digno desta denominação.
Foi fatal e não foi fatalidade, pois eles atiraram na direção do carro onde se encontrava a família vitimada. Atiraram até em quem tentava socorrê-los. Houve intenção de matar apenas porque “sonharam” que poderiam ser criminosos naquele carro, enquanto que criminosos eram eles mesmos.