
Ao tempo em que concentra tanques, a força de ocupação e extermínio distribui folhetos entre os palestinos dizendo que saiam do norte de Gaza rumo ao sul pois alí “não é seguro permanecer”
Enquanto isso, colunas de tanques israelenses se posicionam na fronteira norte de Gaza e Netanyahu diz que vai atacar com tanques para “pressionar o Hamas nas negociações”.
O que ocorreu foi de fato e abertamente o contrário: quando o Hamas em um gesto em direção às negociações liberou um dos prisioneiros, Edan Alexander, que é israelita-americano, a resposta de Netanyahu foi claramente “vamos aumentar o bombardeio” e assim tem feito.
Segundo o jornal israelense Haaretz, “a força israelense anunciou, na sexta-feira que começou a tomar controle [leia-se ocupar] de territórios em Gaza como parte dos preparativos para uma nova ofensiva” e acrescentam: “Vocês estão em área insegura evacuem imediatamente rumo ao sul”, ou seja, terrorismo aberto, sem subterfúgios.
Foi nesse sentido que se manifestou a Organização Mundial de Saúde alertou logo após a nova leva de bombas nesta noite de sexta-feira: “Os palestinos de Gaza estão submetidos ao terror”.
E mais, ao tempo que eleva o número e a mortalidade dos bombardeios, coloca em risco cada dia maior os prisioneiros israelenses, dizendo o contrário que a carnificina, e não as negociações, é meio de liberá-los, para no instante seguinte dizer que seria o Hamas que não quer negociar. Aliás o Hamas tem insistentemente proposto um cessar-fogo definitivo seguido da liberação dos 23 prisioneiros vivos que ainda detêm em Gaza.