Israel atacou, mais uma vez, no dia 8, a Faixa de Gaza. Mais de dez bombas foram lançadas sobre uma das regiões de densamente população fazendo subir volutas de fogo e fumaça na noite da região palestina bloqueada.
O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza informa que Inas Muhammad Khamash, grávida de 23 anos e sua filha de um ano e meio de idade morreram sob o bombardeio. O marido de Inas, Muhammad Khamash, ficou ferido.
Vítima de uma outra bomba, lançada na mesma noite, morreu mais um palestino, Ali al-Ghandour.
A agressão acontece depois do anúncio de um cessar-fogo entre o Hamas e as Forças israelenses mediado pela ONU e pelo Egito, o que levantaria o bloqueio de Israel a itens essenciais para os palestinos de Gaza.
As negociações levariam à suspensão de manifestações e outras ações de massa ou da Resistência Palestina contra Israel. Em troca o bloqueio israelense à Faixa de Gaza seria levantado. Forças israelenses, no dia 7, já haviam atacado um posto do Hamas matando dois combatentes palestinos. O pretexto israelense foi que teria havido um ataque contra um veículo do lado israelense da fronteira. O Hamas negou qualquer violação do cessar-fogo dizendo que os tiros eram de treinamento e dois quilômetros distante da cerca que separa Israel da Faixa de Gaza.
O ataque israelense foi respondido com mísseis de curto alcance e sem letalidade por parte do Hamas. Desta vez, nove israelenses ficaram feridos, informa o jornal israelense Haaretz.
O enviado da ONU para o Oriente Médio, Nickolay Mladenov, repudiou o bombardeio israelense destacando que “nossos esforços coletivos impediram, até o momento, a situação de explodir com consequências desastrosas para todos”.
O coordenador da ONU para Assuntos Humanitários, Jamie McGoldrick, exige que Israel permita a entrada de combustível a Gaza. As pequenas usinas termelétricas de Gaza estão quase sem combustível o que já está afetando o serviço hospitalar. “O bem-estar de dois milhões de pessoas, metade delas crianças está correndo sérios riscos”, acrescentou McGoldrick.