
O ataque israelense de sexta-feira (10) ao hospital Al Awda destruiu ambulâncias, feriu funcionários e causou o fechamento da fronteira
A insistência do regime de Israel em seguir bombardeando a população civil e atacando hospitais está impedindo a abertura da fronteira entre Gaza e Egito, por onde os brasileiros e outros estrangeiros vão deixar a Faixa de Gaza.
O ataque criminoso de Israel na sexta-feira (10) ao hospital Al Awda, um dos últimos refúgios ainda abertos para palestinos diante dos bombardeios de Israel no norte da Faixa de Gaza, destruiu ambulâncias, feriu funcionários e causou o fechamento da fronteira, segundo informações de Jamil Chade, do site UOL.

Os bombardeios israelenses em torno de hospitais na cidade de Gaza e na província de Gaza Norte se intensificaram em 10 de novembro, com vários deles sendo diretamente atingidos. Ao meio-dia, as forças terrestres israelenses teriam concluído o cerco a quatro hospitais na área de An Nasser, na cidade de Gaza. Um deles, um hospital pediátrico, parou de funcionar em 9 de novembro após sofrer danos significativos. Isso eleva para 20 (de um total de 36) o número de hospitais em Gaza que não estão mais funcionando.
Depois das violentas explosões, a fronteira foi fechada e os brasileiros, que estavam esperando para sair de Gaza, viram frustradas as suas esperanças.
A fronteira entre Gaza e o Egito amanheceu novamente fechada neste sábado (11) para a saída de estrangeiros, o que significa que os brasileiros continuam retidos na zona de guerra que já fez mais de 11 mil mortos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma criança a cada dez minutos está sendo morta.

Pelas regras do acordo que existe para a saída de pessoas de Gaza, a prioridade é dada para as ambulâncias que transportam feridos. Mas, Israel está atacando as ambulâncias alegando que elas estariam transportando integrantes do Hamas.
Os bombardeios ao redor de hospitais impediram a saída das ambulâncias. Os hospitais estão cercados de tanques. Observadores falam que Gaza está lembrando Hiroshima, atacada pelos EUA com uma bomba nuclear na década de 40 do século passado. recentemente um ministro israelense defendeu o uso de bomba nuclear em Gaza.
A OMS confirmou que o maior hospital de Gaza está sob ataque. O local abriga 50 mil pessoas, que tentavam fugir de bombas. Enquanto isso, o novo levantamento diário da ONU revela que 20 dos 36 hospitais da região já fecharam suas portas, enquanto a violência contra aqueles que tentam fugir aumenta. Os bombardeios israelenses em torno de hospitais na cidade de Gaza e na província de Gaza Norte se intensificaram em 10 de novembro, com vários deles sendo diretamente atingidos.
A elaboração de seis listas de pessoas que poderiam deixar Gaza sem a presença dos brasileiros criou uma tensão entre a ditadura israelense e o governo brasileiro.
Os israelenses haviam sinalizado que a saída poderia ocorrer na quarta-feira. A espera de um mês gerou tensão e fortes preocupações dentro do governo brasileiro. A participação do embaixador de Israel numa provocação montada por Bolsonaro e grupos fascistas em Brasília aumentou a crise entre os dois governos.
O governo brasileiro já retirou mais de 1.200 brasileiros de Israel e já está com um avião da FAB estacionado no Egito, pronto para repatriar os brasileiros que estão na Faixa de Gaza. Na sexta-feira (10), em entrevista à GloboNews, o chanceler brasileiro, Mauro Viana, afirmou que as listas são elaboradas e decididas pelo regime de Israel. A grande maioria de pessoas que foram autorizadas a deixar Gaza são de países alinhados ao regime israelense.
Além dos 34 nomes de brasileiros e seus dependentes, havia um total de quase 600 pessoas que seriam beneficiadas, incluindo russos e chineses. Apesar de uma ampla gestão por parte do governo de Luiz Inácio Lula da Silva com os governos do Egito, Catar, EUA, Israel e de várias outras partes, os brasileiros ficaram de fora das sete primeiras listas de pessoas que poderiam deixar Gaza. A ausência de nomes dos brasileiros e a presença importante de americanos deixou o governo brasileiro irritado.