
Força da ocupação e extermínio de Netanyahu têm como alvo mulheres, crianças e profissionais de imprensa
Bombardeios israelenses mataram ao menos 92 pessoas na Faixa de Gaza, incluindo mulheres, crianças e dois jornalistas, informaram nesta quarta-feira (7) as autoridades locais. As atrocidades cometidas desde outubro de 2023 já custaram perto de 55 mil vidas , no momento e mais de 100 mil feridos, entre estes inúmeros mutilados e há muitos soterrados sob escombros dos prédios destruídos e ainda não alcançados pela Defesa Civil palestina.
A campanha escancaradamente genocida entre em seu 20º mês.
Um dos mortos nesta quarta (7), o jornalista Yahya Sobeih, trabalhava como freelancer para diversos veículos de comunicação locais e há pouco havia compartilhado um foto da filha recém-nascida nas redes sociais.
O outro jornalista local executado é Nour Abdu, explodido enquanto cobria um ataque pela manhã contra uma escola que fora transformada em abrigo na Cidade de Gaza, informou a assessoria de imprensa. Somente neste ataque foram mortas 16 pessoas.
No centro de Gaza, em apenas 24 horas, dois bombardeios aéreos assassinaram 33 palestinos e feriram 86, incluindo dezenas de crianças, embora pela devastação causada o número de mortos projetado seja ainda maior, esclareceu o Ministério de Saúde.
De acordo com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, o fato de haver “dúvidas” sobre a sobrevivência de três reféns israelenses em Gaza seria uma boa justificativa para multiplicar a agressão.
O novo banho de sangue ocorreu horas depois do exército israelense aprovar um plano para intensificar suas operações no enclave, com a convocação de dezenas de milhares de soldados reservistas, o que incluiria a ocupação e manutenção dos territórios, o deslocamento dos palestinos à força e seu controle em conjunto com empresas de segurança privadas. Nos planos, uma operação vale-tudo para transformar o território à beira do Mediterrâneo em uma “Riviera” sobre cadáveres para desfrute de magnatas.
Renomada instituição de caridade alimentícia, a World Central Kitchen alertou ter ficado sem suprimentos após servir 130 milhões de refeições em Gaza ao longo de 18 meses e que não poderia mais oferecer pão ou refeições na maioria de seus centros. O grupo conclamou Israel a permitir a entrada de caminhões carregados de suprimentos que aguardam na fronteira sem poder entrar em Gaza.
Em Bureij, um campo de refugiados urbano, paramédicos e equipes de resgate se apressaram para retirar as pessoas das chamas depois que uma grande coluna de fumaça e fogo iluminou o céu escuro acima do abrigo da escola.
Para o Fórum de Famílias de Reféns e Pessoas Desaparecidas, um grupo que representa as famílias dos israelenses mantidos em cativeiro – que Netanyahu saia da Palestina ocupada -, exigiu que o governo israelense forneça “qualquer nova informação que esteja sendo ocultada imediatamente”. O Fórum também pediu ao primeiro-ministro que ponha fim à guerra, pois “esta é a missão nacional mais urgente e importante”.