
“Um ataque noturno no campo de refugiados de Khan Younis matou pelo menos 11 pessoas, incluindo três bebês de até um ano de idade”, informaram as fontes médicas. Número de palestinos mortos desde outubro de 2023 já é de 52.535. com mais de 118.491 feridos, muitos milhares mutilados
Bombardeios da força aérea de Benjamin Netanyahu assassinaram mais de 40 pessoas e outras 125 ficaram feridas na Faixa de Gaza somente no último sábado (3), informaram autoridades de defesa civil palestina, em meio à expansão da ocupação militar nazisraelense no devastado território.
“Nove pessoas foram mortas quando um ataque atingiu uma casa no campo de refugiados de Bureij, no centro de Gaza; outras seis pessoas morreram em um ataque separado que teve como alvo uma casa de família na cidade de Beit Lahiya, no norte do país; outras seis morreram em um ataque a uma cozinha comunitária na Cidade de Gaza, e um ataque noturno no campo de refugiados de Khan Younis matou pelo menos 11 pessoas, incluindo três bebês de até um ano de idade, disseram as autoridades”, relatou o The Guardian.
Segundo fontes médicas locais, o número de palestinos mortos pelo ataque isrelense desde outubro de 2023 aumentou para 52.535, com mais 118.491 feridos, sendo a grande maioria das vítimas mulheres e crianças.
De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, desde a retomada do genocídio por Israel em 18 de março, após uma trégua de dois meses, o número dos que tiveram a vida ceifada pelos invasores também subiu para 2.436, além de outros 6.450 feridos.
Da mesma forma como vinham denunciando, os serviços de emergência continuam sendo alvo do ataque descontrolado das forças de ocupação israelense a equipes de ambulância e da defesa civil. Tal comportamento é um “crime de guerra” que faz com que muitas das vítimas e até mesmo cadáveres presos continuem sob os escombros ou espalhados pelas estradas do enclave.
ONU CONDENA CERCO A GAZA E DEFENDE CESSAR-FOGO IMEDIATO
Apesar dos apelos do Conselho de Segurança das Nações Unidas por um cessar-fogo imediato e das diretrizes do Tribunal Internacional de Justiça por medidas para prevenir o genocídio e pôr fim à terrível situação humanitária, o governo israelense continua impondo sua política de “cerco e aniquilamento” à população de Gaza.
“Com seu cerco a Gaza, a obstrução de ajuda humanitária, ataques seletivos e assassinato de civis e trabalhadores humanitários, apesar dos reiterados apelos das Nações Unidas e desconsiderando ordens da Corte Internacional de Justiça (CIJ) e resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, Israel está intencionalmente causando morte, fome e ferimentos graves” à população de Gaza, aponta o relatório da ONU.
Para justificar o banho de sangue condenado amplamente pela comunidade internacional, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que os ataques continuaram devido à recusa do Hamas em aceitar o plano de Donald Trump e Netanyahu de expulsar a população palestina e converter o seu território em praia de magnatas.
A trégua entre Israel e o movimento palestino Hamas terminou oficialmente no dia 1º de março. Os combates não foram retomados devido às tentativas dos mediadores de fazer com que as partes continuassem as negociações sobre um acordo em Gaza. No entanto, o Estado sionista cortou o fornecimento de energia elétrica para a usina de dessalinização na Faixa e fechou a entrada de caminhões que transportavam ajuda humanitária como alimentos, medicamentos e energia.
Na última sexta-feira (2), o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) alertou que a resposta humanitária em Gaza estava “à beira do colapso total”. “Esta situação não deve – e não pode – piorar ainda mais”, frisou Pascal Hundt, vice-diretor de operações do CICV, em um comunicado.
Questionado sobre os ataques, um representante das tropas de ocupação Israelense declarou cinicamente que os militares “tomam precauções viáveis para mitigar os danos civis”.