Em uma sabatina realizada na última terça-feira (20), o candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), afirmou que, caso seja eleito, dobrará o número de integrantes da Guarda Civil Metropolitana (GCM).
O candidato disse que duplicará o efetivo “porque ele está defasado” e defendeu o uso de câmeras corporais pelos policiais militares. “Vamos implantar”, afirmou. Para Boulos, o problema da segurança pública deve ser tratado em conjunto pelas três esferas do poder público.
“Ganhando a eleição, em janeiro do ano que vem, eu vou chamar o Tarcísio [de Freitas, governador de São Paulo], o Lula, o ministro [Ricardo] Lewandowski [que comanda a pasta da Justiça e Segurança Pública] para conversarmos”, declarou o candidato.
Boulos também destacou sua trajetória em movimentos sociais, como o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST). Ele afirmou que, caso vença a eleição, a questão da moradia será tratada como prioridade, e sua gestão será marcada pela menor quantidade de ocupações em São Paulo.
“Em casos de ocupações, a prefeitura, quando acionada, tem que atuar. Agora, sabe quando há ocupação? E aqui eu quero assumir um compromisso com vocês. Meu governo será o governo com menos ocupações da história de São Paulo. Sabe por quê? Porque existe ocupação quando não há política pública de moradia. É isso. Estou falando de ocupação organizada por movimento social”, disse ele.
Boulos também afirmou que apoiará a renovação das leis que tratam da revitalização de prédios antigos para disponibilização como moradia popular.
“É necessário ter para ‘retrofit’ uma legislação específica que flexibilize [a reforma dos edifícios]. Muitas vezes, você se depara com entraves nessa legislação”, afirmou.
Na área de mobilidade urbana, o candidato destacou um dos principais eixos do seu programa de governo: a redução da necessidade de deslocamentos entre os bairros da capital paulista.
Para o representante do PSOL, São Paulo pode se tornar uma das chamadas “cidades de 15 minutos”, como Paris (França), Melbourne (Austrália) e Xangai (China).
“É um projeto urbano que visa reduzir as distâncias entre o local de moradia das pessoas e o local de trabalho, o local de moradia e os serviços públicos e privados, levando oportunidades para onde hoje não há”, afirmou.
Segundo Boulos, a proposta na área da educação pública inclui o aumento salarial para professores e demais funcionários.
Ele garantiu que “a rede parceira e a rede direta terão condições iguais de valorização não só das professoras, que em sua maioria, 90%, são mulheres, mas também dos grupos de apoio, das merendeiras, das auxiliares; todas elas terão uma valorização salarial”.