O coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), Guilherme Boulos, foi oficializado na tarde de sábado (21) como candidato à Presidência pelo PSOL. Ele foi recebido pelos cabos eleitorais com gritos de “eu não abro mão de um presidente que faz ocupação”. A convenção foi realizada num hotel em São Paulo e contou com a presença de líderes do partido, como o deputado estadual do Rio, Marcelo Freixo, e a ex-prefeita de São Paulo, Luiza Erundina.
A candidatura Boulos, que é vista como linha auxiliar de Lula e do PT, não tem conseguido empolgar e nem pontuar nas pesquisas eleitorais. O candidato anunciou que está coligado com o PCB e reclamou da falta de tempo para falar ao eleitorado. Ele disse que para enfrentar essa dificuldade vai fazer uma campanha “de baixo para cima”.
No discurso, ele voltou a defender que Lula seja candidato. “Nós defendemos o direito de Lula ser candidato à Presidência da República porque entendemos que foi vítima de uma condenação injusta”, afirmou. Lula está preso em Curitiba e condenado a 12 anos e um mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.
O professor Nildo Ouriques, de Santa Catarina, que disputou a indicação do PSOL, disse que “a inédita crise inaugurada pelo ajuste do governo Dilma (PT) e aprofundada pelo governo liberal e corrupto de Temer exigirá lucidez da esquerda e, em especial, do PSOL”. Nildo defendeu que o povo seja capaz de “romper com o sistema petucano e abrir as portas para uma nova etapa da luta de classes onde o protagonismo das maiorias encontrem no partido seu melhor tradutor’.