O candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), partiu para “baixarias” e mentiras contra seu adversário Guilherme Boulos (PSol) após ter sua condenação exposta por participar de uma quadrilha que fraudava contas bancárias.
No debate organizado pelo Estadão, Faap e Terra, realizado na quarta-feira (14), Boulos voltou ao tema da condenação de Marçal.
“Você disse que deixaria sua candidatura se alguém mostrasse sua condenação como ladrão de banco. Eu mostrei, tá na rede social. E você mostrou, mais uma vez, que não tem palavra”, falou Boulos.
O candidato do PSol publicou em suas redes uma cópia da condenação por furto qualificado de Marçal, ocorrida em 2010. Ele foi condenado a quatro anos e cinco meses de prisão.
A condenação se refere à participação de Marçal, em 2005, de uma quadrilha que fraudava contas bancárias pela internet. Sua função era captar os e-mails de possíveis vítimas e cuidar dos computadores que eram utilizados pelo grupo criminoso.
No “embate” com tempo para perguntas e respostas, Marçal fugiu dos questionamentos feitos por Boulos e partiu para a baixaria. Chamou Boulos de “vagabundo”. Sem apresentar nenhuma proposta ou fazer qualquer pergunta sobre a cidade de São Paulo, Marçal pegou uma Carteira de Trabalho para “exorcizar” Boulos. A cena tem sido utilizada pelo candidato em suas redes sociais. O “coach” também insinuou que Guilherme Boulos é usuário de cocaína, sem provas.
Boulos respondeu que tem “o maior orgulho de ter começado a dar aula há mais de 20 anos na Escola Estadual Maria Auxiliadora. Eu sou professor, não sou coach, não ganho dinheiro enganando os outros na internet. Depois trabalhei na Faculdade Mauá, na Escola de Educação Permanente, na Escola de Sociologia e Política. E até ser deputado federal, eu estava dando aula na pós-graduação da Pontifícia Universidade Católica (PUC)”.
Enquanto “coach” na internet, Pablo Marçal vende cursos e participa de eventos. Ele já virou piada na internet por mentir em diversas histórias que conta para os que lhe dão dinheiro.