A BR Distribuidora, maior subsidiária da Petrobrás, responsável por abastecer mais de 8 mil postos de gasolina por todo o Brasil, teve 28,75% de suas ações queimadas na Bolsa de Valores, na sexta-feira (15). Considerada “joia da coroa” da estatal, a BR tem um faturamento de R$ 86 bilhões e é a única distribuidora que leva combustíveis aos recantos mais afastados do País como Amazonas e Roraima.
A operação gerou R$ 5 bilhões que vão direto para o cofre da Petrobrás a pretexto de pagar dívidas da petroleira.
Conforme informação do Valor “a oferta atraiu uma demanda dos investidores de 2,5 vezes a quantidade de ações colocadas à venda, sendo 70% de estrangeiros e 10% do varejo”. O Citigroup foi o principal banco coordenador da oferta.
Um novo diretor financeiro da BR foi contratado para a nova fase da BR com ações na bolsa. Seu nome é Rafael Grisolia, com 20 anos de atuação no setor de combustíveis, com passagens por empresas como as multinacionais Esso e Cosan Combustíveis.
A venda das ações da Br Distribuidora faz parte do plano de “desinvestimento”, iniciado no governo Dilma, que na verdade significa a privatização do patrimônio do povo brasileiro, com a venda dos ativos da maior estatal brasileira. Na gestão de Aldemir Bendini à frente da Petrobrás, em agosto de 2015, foi aprovada a venda de 25% da BR Distribuidora.
Em setembro deste ano, o Conselho de Administração da Petrobrás, presidida pelo preposto de Temer, Pedro Parente, ampliou o plano e aprovou a privatização de até 40% da BR. Travestido de frentista, durante o ato criminoso na Bolsa, Parente declarou: “A BR representa a maior infraestrutura de armazenamento e a maior rede logística entre as distribuidoras do país”.