O lucro líquido do Bradesco no terceiro trimestre do ano foi de R$ 4,810 bilhões, o que representa um aumento de 7,8% em relação ao mesmo período do ano passado (R$ 4,462 bilhões). Em relação ao trimestre anterior – de abril a junho, a alta nos lucros é de 2,3% (R$ 4,704 bilhões), segundo balanço do banco divulgado na quarta-feira (1).
Contribuíram para esses resultados auspiciosos para o banco as receitas com prestação de serviços, com taxas e tarifas extorsivas de toda ordem impostas aos correntistas. O banco obteve R$ 7,8 bilhões nesse item, um incremento de 5%, sobre o mesmo período de 2016.
A persistente redução do quadro de funcionários, com a frequente sobreposição de trabalho para aqueles que ficam, também contribuíram para os lucros obtidos. O número de funcionários foi reduzido em 9,2 mil, na comparação com o quadro de setembro de 2016, e está 4,4 mil inferior a junho de 2017.
Com o resultado do Bradesco, o lucro dos três maiores bancos privados no país, incluídos o Itaú (R$ 6,254) e o espanhol Santander (R$ 2,586), atingiu no terceiro trimestre deste ano R$ 13,65 bilhões, algo equivalente a 35 mil apartamentos de 2 dormitórios em bons bairros de São Paulo.
O espetacular desempenho dos bancos, com lucros estratosféricos e um retorno do capital investido extraordinários, resultam da drenagem doentia dos recursos da sociedade feita pelo sistema financeiro e que cada vez mais confronta com o encolhimento da economia, com os 13 milhões de desempregados, o endividamento das famílias, a inadimplência das empresas entre outras mazelas.
J.AMARO