O Brasil chegou a 11.519 mortes causadas pelo novo coronavírus (Covid-19) nesta segunda-feira (11). Ontem, eram 11.123. De acordo com o Ministério da Saúde, foram computados 386 óbitos nas últimas 24 horas.
Já os casos de infecção pela Covid-19 são 168.331, no domingo eram 162.699. A quantidade de casos confirmados de ontem para hoje foi 5.632.
O ministério divulgou ainda que, ao todo, 69.232 pessoas se recuperaram da covid-19, enquanto 82.344 estão em acompanhamento. A pasta também informou que 1.852 óbitos estão em investigação. A taxa de letalidade da doença no país é de 6,8%.
De acordo com a pasta, a maior parte das mortes divulgadas hoje refere-se a outros períodos, mas foi computadas de ontem para hoje após investigação concluída ou em andamento. Nos últimos três dias, segundo a pasta, ocorreram 234 óbitos.
“SERVIÇOS ESSENCIAIS”
Em mais um ato de sabotagem à luta contra a pandemia, Jair Bolsonaro incluiu nesta segunda-feira (11) as atividades de salões de beleza, barbearias e academias de esportes na lista de “serviços essenciais” que, segundo defende o governo federal, podem ser mantidos durante a pandemia do coronavírus.
O decreto – que, na verdade, é inócuo, já que são os governos dos estados e os municípios que definem o que é essencial em cada localidade – foi publicado em uma edição extra do “Diário Oficial da União” no fim da tarde. Com essa inclusão, o número de atividades que Bolsonaro pretende liberar chega a 57.
O texto do decreto afirma que precisam ser “obedecidas as determinações do Ministério da Saúde”. Entretanto, o ministro Nelson Teich foi surpreendido pela liberação durante a coletiva desta segunda-feira e disse não ter relação com a autorização.
“Isso não é atribuição nossa, é decisão do presidente. A decisão de atividades essenciais é uma coisa a ser definida pelo Ministério da Economia. O que eu realmente acredito é que qualquer decisão que envolva a definição, de uma atividade ser essencial ou não, passa pela tua capacidade de fazer isso de uma forma que proteja as pessoas”, afirmou.
Veja:
Teich foi questionado, em seguida, se não seria recomendável que o Ministério da Saúde participasse desse debate. O ministro ficou em silêncio por alguns segundos e, depois, disse que precisaria “pensar melhor” sobre o tema.
“Honestamente, tenho que pensar melhor nesta pergunta. Neste momento, a resposta seria não, porque é uma atribuição do Ministério da Economia. Vejo a Saúde participando sempre, a partir do instante que ela ajuda a definir formas de fazer que possam proteger as pessoas”, disse.
O ministro não detalhou quais seriam essas “determinações do Ministério da Saúde’, citadas no decreto presidencial, para garantir a segurança de clientes e funcionários em academias, salões e barbearias.