“Da qual derivam pesadas e injustificadas sanções ao país caribenho”, afirma o Itamaraty em nota
O governo brasileiro cobrou em nota que os EUA retirem Cuba da sua lista de países “patrocinadores do terrorismo”, após o governo norte-americano anunciar na quarta-feira (15) a retirada do país do Caribe de sua lista unilateral de países considerados que “não cooperam contra o terrorismo”.
“O governo brasileiro tomou conhecimento, com satisfação, da decisão do governo dos Estados Unidos de retirar Cuba da lista unilateral de países que não cooperam plenamente no combate ao terrorismo”, disse o Itamaraty.
“O Brasil estima tratar-se de passo importante na direção correta e insta o governo norte-americano a excluir Cuba também de sua lista unilateral de Estados patrocinadores do terrorismo, da qual derivam pesadas e injustificadas sanções ao país caribenho”, continua.
“A manutenção de Cuba na lista de Estados patrocinadores do terrorismo é objeto de repúdio unânime dos países da América Latina e do Caribe, conforme consta de Declaração Especial aprovada por ocasião da última Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) (Kingstown, 1o de março), e de ampla maioria da comunidade internacional”, completou o Itamaraty, através do documento.
A lista dos Estados Unidos de países que não cooperam plenamente contra o terrorismo ainda inclui Coreia do Norte, Irã, Síria e Venezuela.
O chanceler cubano Bruno Rodríguez afirmou que “não é o suficiente reconhecer que Cuba coopera completamente com os esforços antiterrorismo dos Estados Unidos”.
“Esse governo deveria tirar nosso país da lista de estados que alegadamente patrocinam o terrorismo, que é apenas um pretexto para implementar medidas unilaterais e coercitivas contra o povo cubano”, acrescenta a nota.
Leia a íntegra da nota do governo brasileiro:
Retirada de Cuba da lista unilateral dos EUA de países que não cooperam plenamente no combate ao terrorismo
O governo brasileiro tomou conhecimento, com satisfação, da decisão do governo dos Estados Unidos de retirar Cuba da lista unilateral de países que não cooperam plenamente no combate ao terrorismo.
O Brasil estima tratar-se de passo importante na direção correta e insta o governo norte-americano a excluir Cuba também de sua lista unilateral de Estados patrocinadores do terrorismo, da qual derivam pesadas e injustificadas sanções ao país caribenho.
A manutenção de Cuba na lista de Estados patrocinadores do terrorismo é objeto de repúdio unânime dos países da América Latina e do Caribe, conforme consta de Declaração Especial aprovada por ocasião da última Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) (Kingstown, 1o de março), e de ampla maioria da comunidade internacional.