
O governo Lula condenou Israel por ter bombardeado, na segunda-feira (25), o hospital Nasser, na Faixa de Gaza, e assassinado 20 palestinos, entre eles jornalistas e trabalhadores humanitários.
“O bombardeio contra o hospital Nasser soma-se a um padrão reiterado de violações perpetradas pelo governo de Israel contra a população palestina. A responsabilização por tais atos é condição essencial para evitar sua repetição e assegurar justiça às vítimas”, afirmou o Itamaraty em nota.
“O governo brasileiro conclama a comunidade internacional e os mecanismos competentes das Nações Unidas a assegurar a realização de investigação independente, imparcial e transparente, de forma a garantir a devida responsabilização pelos atos”, continuou.
O ataque de Israel contra o hospital em funcionamento ocorreu com dois bombardeios. No primeiro, Israel atingiu o andar superior do prédio. Já o segundo foi feito para assassinar as equipes de resgate que estavam no local. Os ataques resultaram na morte de 20 palestinos, entre os quais cinco jornalistas.
Israel disse que realizou o ataque por conta de uma câmera que teria sido instalada pelo Hamas. Somente na terça-feira (26), o governo israelense admitiu que os jornalistas mortos não faziam parte do grupo.
O Brasil anunciou sua adesão à acusação da África do Sul junto à Corte Internacional de Justiça (CIJ) contra Israel pelo genocídio de palestinos na Faixa de Gaza. “A comunidade internacional não pode permanecer inerte diante das atrocidades em curso”, afirmou o Itamaraty em julho.
Leia nota na íntegra:
O governo brasileiro expressa firme condenação aos bombardeios de forças israelenses realizados em 25 de agosto contra o hospital Nasser, em Khan Younis, Sul da Faixa de Gaza, que provocaram a morte de ao menos 20 palestinos — incluindo jornalistas e trabalhadores humanitários — e o ferimento de outras dezenas de pessoas.
Hospitais e unidades médicas gozam de proteção especial pelo Direito Internacional Humanitário, e ataques a tais instalações podem configurar crimes de guerra, conforme as Convenções de Genebra de 1949 e seus Protocolos Adicionais. O bombardeio contra o hospital Nasser soma-se a um padrão reiterado de violações perpetradas pelo governo de Israel contra a população palestina. A responsabilização por tais atos é condição essencial para evitar sua repetição e assegurar justiça às vítimas.
O governo brasileiro conclama a comunidade internacional e os mecanismos competentes das Nações Unidas a assegurar a realização de investigação independente, imparcial e transparente, de forma a garantir a devida responsabilização pelos atos.
Ao reiterar apelo por cessar-fogo imediato, o Brasil insta o governo de Israel a interromper os ataques contra a população civil de Gaza, a assegurar aos jornalistas o direito de desempenhar livremente e em segurança seu trabalho e a levantar restrições vigentes à entrada de profissionais da imprensa internacional e de ajuda humanitária naquele território.