Ocupando atualmente a presidência do Conselho de Segurança da ONU, o governo brasileiro anunciou a convocação de uma reunião de emergência do órgão para lidar com a crise provocada pelos ataques no sul de Israel.
A presidência brasileira ocorre durante o mês de outubro e, entre as funções, está a de determinar a agenda do Conselho, em consultas com os demais membros.
A reunião ocorrerá neste domingo e será fechada.
O governo brasileiro divulgou nota onde “condena a série de bombardeios e ataques terrestres realizados hoje em Israel a partir da Faixa de Gaza”. E “expressa condolências aos familiares das vítimas e manifesta sua solidariedade ao povo de Israel”.
Na nota, o Brasil pede que todas as partes exerçam seu papel para conter a expansão do conflito.
“Ao reiterar que não há justificativa para o recurso à violência, sobretudo contra civis, o Governo brasileiro exorta todas as partes a exercerem máxima contenção a fim de evitar a escalada da situação”, afirma.
Israel ocupa de forma ilegal territórios palestinos, contra as resoluções da ONU.
O Brasil “reitera seu compromisso com a solução dos dois Estados, com Palestina e Israel convivendo em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas”.
“O Brasil lamenta que em 2023, ano do 30º aniversário dos Acordos de Paz de Oslo, se observe deterioração grave e crescente da situação securitária entre Israel e Palestina. Na qualidade de Presidente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o Brasil convocará reunião de emergência do órgão”, anunciou.
“Reafirma, ainda, que a mera gestão do conflito não constitui alternativa viável para o encaminhamento da questão israelo-palestina, sendo urgente a retomada das negociações de paz”, completa.
O governo indicou que “não há, até o momento, notícia de vítimas entre a comunidade brasileira em Israel e na Palestina”.
Pelas redes sociais, o presidente Lula defendeu um trabalho internacional para que sejam feitas negociações que desaguem na “existência de um Estado Palestino economicamente viável, convivendo pacificamente com Israel dentro de fronteiras seguras para ambos os lados”.
“O Brasil não poupará esforços para evitar a escalada do conflito, inclusive no exercício da Presidência do Conselho de Segurança da ONU”, escreveu Lula. A operação do grupo Hamas desde Gaza, com o lançamento de 5 mil foguetes e ações por terra, na operação “Tormenta de Al Quds”, causou 100 mortos e 900 feridos. E o bombardeio de Gaza por Israel com dezenas de aviões de guerra israelenses matou pelo menos 198 palestinos e feriu mais de 1600. O ataque surpresa ocorreu nos 50 anos da Guerra do Yom Kippur.
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