Seguimos sem conseguir agir, isso é uma vergonha, disse Mauro Vieira no Conselho de Segurança da ONU. “Em três semanas, mais de 8 mil pessoas morreram, sendo 3 mil crianças. “Desde que falei aqui há uma semana mil crianças morreram”, denunciou
Diante do impasse criado pelos EUA e Israel no Conselho de Segurança da ONU, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, fez um duro pronunciamento na reunião extraordinária do Conselho de Segurança desta segunda-feira (30) e classificou a situação como vergonhosa.
“A falta de censo e ação da ONU sobre a guerra de Israel é uma vergonha”, disse o chanceler. Vieira destacou que em três semanas mais de 8 mil pessoas morreram desde o início da guerra, sendo 3 mil crianças. “Desde que falei aqui há uma semana mil crianças morreram”, assinalou. Os EUA não aceitam resoluções que exijam o cessar-fogo e Israel diz que, ser aprovadas, não vai obedecer.
“O Conselho de Segurança faz reuniões, há muitos discursos, porém sem uma decisão fundamental que possa por fim a esse sofrimento humano. Israelenses e palestinos estão de luto por seus entes queridos. A Faixa de Gaza sofre sob uma operação militar implacável que também esta matando civis e, dentre eles, crianças, Nós temos de agir”, disse Vieira.
“A situação atual em Gaza é indefensável, de qualquer perspectiva humana e sob as leis internacionais”, apontou o ministro brasileiro. “É uma catástrofe humanitária que está se desdobrando diante de nosso olhos”, denunciou. “Um número gigantesco de crianças estão sendo punidas por crimes que não cometeram”, prosseguiu. Ele pediu que cidadãos de diversos países que querem deixar a Faixa de Gaza possam sair da região.
“Continuamos em um impasse devido a divergências internas, especialmente entre alguns membros permanentes, e graças à utilização persistente do Conselho para atingir propósitos de seu próprio interesse, em vez de colocar a proteção dos civis acima de tudo”, ponderou. “Se não agirmos agora, quando agiremos? Quantas vidas mais serão perdidas até que saiamos da retórica e cheguemos à ação?”, questionou.
O ditador Benjamin Netanyahu rebateu os esforços de vários países pelo fim do morticínio e disse nesta segunda-feira (30) que as resoluções da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre a guerra em Gaza são “profundamente falhas” e que o país não aceitará um acordo de cessar-fogo por enquanto.
“É importante distinguir o certo do errado. Distinguir a execução de inocentes da morte acidental de pessoas em uma guerra”, disse o ditador, tentando justificar o genocídio da população civil em Gaza.
Durante seu discurso, o ministro da Defesa do regime de apartheid, Yoav Gallant, agradeceu o presidente dos EUA, Joe Biden, pelo “apoio e cooperação”. O ministro também agradeceu ao secretário de Defesa norte-americano Lloyd Austin.
Os Estados Unidos, que já conduzem uma guerra por procuração contra a Rússia no leste europeu, usando a Ucrânia como bucha de canhão, são o país que mais têm insuflado Israel contra os palestinos. Eles já mandaram armas e dois porta-aviões à região: o USS Gerald R. Ford e o USS Dwight D. Eisenhower.
Vieira ressaltou que a situação atual na Faixa de Gaza, que sofre intensos bombardeios israelenses, é “chocante e indefensável de qualquer perspectiva humana e sob a lei humanitária internacional”. Após dizer que “nada justifica” as ações terroristas do Hamas, enfatizou que a posição brasileira do conflito é “clara”: a defesa da liberação imediata de todos os reféns e o “fim da violência de qualquer forma”, para que a ajuda humanitária possa ser entregue à população de Gaza.
“O preço da inação é inaceitavelmente alto. A crescente urgência para as famílias dos reféns e a dor insuportável para a população civil de Gaza não podem ser subestimadas”, advertiu, complementando que interromper as hostilidades será o melhor para os civis de ambos os lados do conflito.
A Organização Mundial da Saúde alertou para o colapso da saúde e serviços básicos em Gaza devido aos bombardeios e ao cerco israelense à região. O cerco não está permitindo que ajuda humanitária limitada seja enviada, mas proibindo, por exemplo, combustíveis. Ao falar sobre isso, Mauro Vieira afirmou que hospitais não têm como fazer tratamentos básicos para pacientes e que a assistência humanitária mais ampla é fundamental.
Leiam as palavras do chamado profeta Ezequiel, capítulos 5, 6, 7, 8, 9 e 10 e saibam o que ocorrerá com Israel nos próximos tempos.