
“Somos importadores de derivados. Temos que aumentar nossa capacidade de refino para ter uma eficiência plena. Ter uma vantagem competitiva porque as barreiras comerciais vão encarecer”, alertou o presidente do BNDES
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloysio Mercadante, defdndeu, na quinta-feira (10), que o Brasil deve ampliar sua capacidade de refino de petróleo, especialmente no cenário de guerra tarifária imposta por Donald Trump, presidente dos Estados Unidos.
“Somos importadores de derivados. Temos que aumentar a nossa capacidade de refino para ter uma eficiência plena. Ter uma vantagem competitiva, porque as barreiras comerciais vão encarecer (a importação)”, disse o presidente do banco de fomento em evento no Rio de Janeiro, na quinta-feira (10), organizado pela Organização das Cooperativas Brasileiras.
Mercadante destacou que o país é autossuficiente e líder em energia renovável, o que deve dar uma vantagem ao Brasil. “Ter uma empresa como a Petrobrás ajuda a reduzir o preço interno de combustível e é muito importante para ganhar competitividade”.
O presidente do BNDES defendeu, também, que a Petrobrás siga adiante na exploração da Margem Equatorial, região que vai do litoral do Rio Grande do Norte até o do Amapá. “Precisamos avaliar qual é o nosso potencial de petróleo na Margem Equatorial. Pesquisa é uma coisa importante na economia e conhecimento científico é fundamental para o debate”, afirmou Mercadante.
De acordo com ele, “precisamos conhecer a Margem Equatorial por dentro e a fundo para saber o que e como precisa ser protegido, mas não é abdicando de uma riqueza que é essencial ainda, pois a energia limpa e renovável não está substituindo o petróleo, está adicionando”.
Mercadante destacou o histórico de “muita segurança” da estatal brasileira. “Avaliamos que a Petrobrás tem um histórico de muita segurança, especialmente na fase de prospecção. Não tem nenhum acidente relevante. Aqui no pré-sal, tinha uma intensa discussão sobre os riscos, mas não tivemos nenhum acidente e a descoberta do pré-sal mudou a história econômica do Brasil”, ressaltou.