Nas ruas de Nova York houve protestos contra a sua presença no país
O ditador israelense, Benjamin Netanyahu, discursou nesta sexta-feira (27) numa Assembleia Geral da ONU esvaziada em protesto pelo genocídio que seu governo está praticando no Líbano, na Faixa de Gaza e na Cisjordânia.
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Nas ruas de Nova York houve protestos contra a sua presença no país e dentro da ONU ele falou para um plenário esvaziado e chegou a ser vaiado pelos presentes.
O Brasil aderiu ao boicote feito por boa parte das delegações na ONU contra o discurso do genocida na Assembleia Geral. O representante brasileiro deixou o plenário antes de o premiê israelense começar sua fala. Assim que Netanyahu encerrou sua fala, o membro da delegação brasileira retornou ao plenário.
Dois jovens brasileiros, o garoto Ali Kamal Abdallah, de 15 anos e a jovem Myrna Raef Nasser, de 16 anos, foram assassinados essa semana pelos bombardeios de Netanyahu no Líbano.
As vaias eram inevitáveis diante do cinismo e das mentiras do ditador. “Israel busca a paz, Israel anseia pela paz, Israel fez a paz e fará a paz novamente”, afirmou Netanyahu na ONU. Muito provavelmente durante o tempo de sua fala demagógica sobre a “paz” no Oriente Médio, mais bombas israelenses estavam caindo na cabeça das pessoas e matando as populações civis no Líbano, em Gaza e, agora também, na Síria.
Para tentar neutralizar as vaias, ouviram-se alguns aplausos quando ele subiu à tribuna, mas as palmas vinham de sua claque de “apoiadores” que foram levadas e ocuparam as galerias da parte alta do auditório, onde também ficam profissionais de imprensa e assessores de delegações. No mesmo instante, uma série de representantes de países deixou o plenário, em protesto – o Brasil já não estava no local no momento.
Ele disse que foi à ONU para ‘falar a verdade’ sobre Israel. E uma das “verdades” ditas pelo chefe do regime de apartheid foi a de que o Irã é “um regime maldito”. Em mais uma provocação, ele pediu que o “mundo” apoie o povo do Irã e ‘se junte a Israel’. Netanyahu, que está abarrotado de armas nucleares fornecidas pelos EUA, cobrou do Conselho de Segurança da ONU que imponha sanções ao Irã por suas armas nucleares. O representante do Irã obviamente também não se encontrava no recinto.
Ameaçando todos os países da região Oeste da Ásia e reafirmando que Israel não vai parar, o genocida mostrou o que ele pretende ao atacar e dizimar as populações civis palestinas, libanesas e sírias. “Lutaremos até alcançarmos a vitória, a vitória total. Não há alternativa”, afirmou. Ou seja, o ditador não vai parar se não for preso.
Ele deixou claro que considera o povo palestino uma maldição. “Temos que escolher o que vamos deixar para as próximas gerações: uma benção ou uma maldição”, disse ele. Não foi por acaso que o presidente da Turquia, Recep Erdogan, disse, durante seu pronunciamento na Assembleia Geral da ONU, que “assim como Hitler foi detido pela aliança da humanidade há 70 anos, Netanyahu e sua rede de assassinos devem ser detidos pela aliança da humanidade”.
Além de bombas sobre civis, o regime israelense praticou crimes de terrorismo também quando, nas últimas semanas, fez explodir indiscriminadamente milhares pagers e walkie-talkies sabotados. A ação matou 37 pessoas e deixou milhares de feridos no Líbano. Os últimos ataques da aviação israelense deixaram centenas de mortos no Líbano. Num dos bombardeios, uma família inteira, de nove pessoas, foi assassinada pelas bombas de Netanyahu.
O ditador israelense concluiu seu discurso esbravejando contra seu isolamento político e reafirmando o direito de Israel de assassinar civis palestinos. Fez críticas à ONU e aos países – quase todo o mundo – que condenam o genocídio cometido por Tel Aviv em Gaza, na Cisjordânia e no Líbano. Diante das insistentes vaias ao discurso do genocida, o camaronês Philemon Yang, que presidia a sessão da Assembleia Geral pedia: “ordem, ordem nesta sessão, por favor”.