O governo do Brasil assinou junto com a Turquia e outros 50 países uma carta às Nações Unida defendendo que a comunidade internacional suspenda a entrega de armas a Israel.
A ditadura israelense está realizando uma guerra de extermínio contra a população palestina em Gaza, Cisjordânia e no Líbano. Em agosto, a Turquia pediu para aderir a uma ação da África do Sul na Corte Internacional de Justiça (CIJ), em Haia, na Holanda, que investiga acusações de genocídio na ofensiva de Israel em Gaza.
Em meados de outubro, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, havia pedido que a ONU impusesse um embargo de armas a Israel, o que, segundo ele, seria uma “solução eficaz” para colocar um fim ao conflito em Gaza. “Devemos repetir em cada oportunidade que vender armas a Israel significa participar no genocídio”, afirmou o chanceler turco Hakan Fidan, destacando que a carta é uma iniciativa da Turquia.
“Escrevemos uma carta conjunta pedindo a todos os países que deixem de vender armas e munições a Israel. Entregamos essa carta, que conta com 54 assinaturas [há duas organizações no grupo], na ONU no dia 1º de novembro”, disse o chanceler, durante visita ao Djibuti (na África Oriental). Além de Turquia e Brasil, assinam a carta países como Arábia Saudita, China, Irã, Rússia e Argélia. Também endossaram o documento a Liga Árabe e a Organização para a Cooperação Islâmica.
O governo brasileiro vem denunciando as atrocidades de Israel em Gaza e no Líbano. No principal episódio dos atritos entre Brasil e Israel, Lula comparou a ofensiva militar israelense ao Holocausto nazista.
A crítica de Lula inicialmente desencadeou uma reação por parte do governo Benjamin Netanyahu. Lula foi declarado persona non grata em Israel pelo governo, mas logo boa parte do mundo também assinalou a semelhança entre Netanyahu e Hitler.