O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, afirmou que é “lamentável” e “moralmente inaceitável” que o Conselho de Segurança da ONU não tenha conseguido sequer se posicionar sobre a guerra de Israel contra os palestinos.
Vieira disse que o serviço diplomático brasileiro mobilizou “todos os nossos esforços para reverter a paralisia do principal órgão do sistema multilateral em favor de uma solução para a alarmante situação humanitária na região”.
Em um mês, Israel já assassinou 10.328 pessoas e feriu 25 mil com seus bombardeios. Entre os mortos estão 4.237 crianças, 2.719 mulheres e 631 idosos.
Mauro Vieira, em um evento no Itamaraty, citou uma “paralisia” no Conselho de Segurança da ONU.
O Brasil, que presidiu o órgão no mês de outubro, apresentou uma resolução que exigia um cessar-fogo e a criação de corredores humanitários em Gaza, tendo o apoio de 12 países.
Os Estados Unidos, porém, vetaram o texto.
“É lamentável, além de moralmente inaceitável, que uma vez mais o Conselho de Segurança não tenha conseguido estar à altura do seu nobre mandato”, afirmou o chanceler brasileiro.
Uma resolução proposta pelos Estados Unidos cita um falacioso “direito de autodefesa” de Israel, ignorando os crimes de guerra que o país tem cometido. O texto foi rejeitado pelo colegiado.
Israel, além de matar milhares de civis, tem atacado hospitais, escolas e campos de refugiados. Há vários registros de que o país lançou fósforo branco, substância proibida internacionalmente, em locais com civis.