Mais de 114 mil vagas foram no setor de Serviços. No ano, são 1,38 milhão de novos empregos com carteira assinada
O Brasil gerou 220.844 empregos com carteira assinada no mês de agosto, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgado nesta segunda-feira (2). O resultado corresponde ao saldo de 2.099.211 admissões contra 1.878.367 desligamentos. No mês, todas as Unidades Federativas obtiveram resultado positivo no Caged.
No acumulado do ano até agosto, o saldo foi positivo em 1.388.062 postos de trabalho, sendo 15.937.956 admissões contra 14.549.894 demissões.
O resultado do emprego com carteira no oitavo mês de 2023 foi melhor do que julho, quando o saldo líquido chegou a +143.004 postos criados. No entanto, houve uma queda de 23,3% em comparação com agosto de 2022, quando foram abertas 288,096 mil vagas.
Por setor da economia, Serviços foi que mais criou empregos no mês de agosto, com 114.439 postos, devido principalmente a atividade de Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (saldo de +43.513) e da Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (+36.112).
Em seguida, vem o Comércio, com 41.843 empregos criados, com o destaque para o segmento Comércio Varejista de Mercadorias em Geral (com Predominância de Produtos Alimentícios – Supermercados (+3.385) e Minimercados (+2.620); o Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos (+2.419)).
Depois, a Indústria Geral gerou 31.086 vagas, que foi puxada pela fabricação de açúcar em bruto (+10.258), frigoríficos (abate de bovinos, com saldo de +1.780), e fabricação de álcool ( +1.330). Ao todo, a indústria de transformação gerou +28.077 mil postos de trabalho no período analisado.
Por sua vez, vem a Construção Civil (obras de Infra-Estrutura, com saldo de +11.658) e a Agropecuária (5.126).
Já por tipo de vínculo, foram criados 8.417 postos temporários, 12.626 contratação de aprendizes, 9.209 postos Intermitentes e 32.022 postos com carga horária de até 30 horas. Ao todo, o Brasil gerou no mês 47.213 novos postos não típicos.
Com o resultado de agosto, o estoque de empregos formais no país bateu a marca de 43,8 milhões de postos de trabalho, dos quais 5.420.428 (12,4%) são considerados postos de trabalho não típicos. Esse foi novamente o maior valor já registrado na série histórica levando em conta tanto o período do Caged (junho de 2002 a 2019) quanto do Novo Caged, que teve início em 2020.
Em agosto de 2022, o acúmulo no estoque de empregos formais correspondeu a 42,33 milhões. Ou seja, de um ano para outro houve um aumento de 1,5 milhão.
O salário médio entre admissões e desligamentos ficou em R$ 2.037,90 em agosto deste ano. Descontada a inflação, houve um ganho real de R$1,27 em comparação com o valor de julho (R$2.036,63) e de R$ 8,96 em comparação com o mesmo mês do ano anterior.
O Brasil deve fechar com a criação de 2 milhões de empregos formais até o final do ano, segundo a expectativa do Ministério do Trabalho.
“Nós mantemos a previsão de 2 milhões, olhando o comportamento de mês a mês. Se mantivermos a média de 200 mil por mês, podemos ultrapassar 2 milhões”, declarou o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, em entrevista coletiva.
Na avaliação do ministro, “o mercado de trabalho brasileiro vem reagindo a partir das medidas tomadas pelo governo. Tem a retomada das obras e o pacote anunciado de R$ 1,7 trilhão, os anúncios do PAC, que vão impactar mais para 2024 e 2025, para o futuro …”, disse Luiz Marinho, acrescentando que “esse ano é mais a retomada das obras e o funcionamento natural da economia e do mercado. Creio que pode chegar aos 2 milhões, acredito nisso”.