De acordo com informações do Ministério da Saúde divulgadas no final da tarde desta segunda-feira (13), 105 novas mortes provocadas pelo coronavírus e 1.261 novos casos foram confirmados nas últimas 24 horas. O total de número de casos no país é de 23.430, chegando a 1.328 mortes.
Levando em conta a atual conjuntura mundial da pandemia e pelo tamanho da população brasileira, o número real pode ser muito maior, já que não há testes disponíveis para todas as pessoas.
Segundo a projeção do Núcleo de Operações e Inteligência em Saúde, os registros oficiais de Covid-19 no Brasil representam apenas 8% do número real de casos. Os índices verdadeiros seriam até 12 vezes superiores ao divulgado pelo Ministério da Saúde e poderiam já estar beirando os 300 mil.
O estado de São Paulo continua sendo o mais afetado, com 8.895 casos e 608 mortes, seguido por Rio de Janeiro (3.231 e 188 óbitos), Ceará (1.800 e 91) e Amazonas (1.275 e 71). Esses Estados têm sido diariamente alertadas sobre o crescimento dos casos e os riscos de flexibilização da quarentena.
OMS alerta para riscos do afrouxamento da quarentena
As autoridades da Organização Mundial da Saúde (OMS) pediram que países intencionados em afrouxar o isolamento social o façam de maneira lenta e cuidadosa. A instituição listou critérios que os países devem seguir ao adotar essa medida, sob o risco de verem a pandemia do novo coronavírus avançar novamente.
A OMS alertou que o coronavírus é dez vezes mais mortal que o vírus responsável pela gripe H1N1 e que se propaga mais rápido. No Brasil, apesar dos números oficiais, é consenso de que há uma grande subnotificação de casos de Covid-19, ou seja, de vítimas fatais e casos de contaminação que não são atrelados à doença. Isso se deve à falta de testes e à demora para análise dos exames coletados.
Mortes por insuficiência respiratória
O número de registros de mortes por insuficiência respiratória e pneumonia no Brasil teve um aumento em março, contrariando tendência de queda que vinha sendo observada nos meses de janeiro e fevereiro.
Foram 2.239 mortes a mais em março de 2020 do que no mesmo período de 2019, o que levanta a suspeita de que vítimas do coronavírus podem estar entrando nas estatísticas de outras doenças respiratórias.