“É necessário apoiar mais os setores produtivos”, defende Josué Gomes. “O Brasil vai se tornar um país verdadeiramente próspero, o dia que invertermos essa equação”
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes da Silva, destacou, durante evento em São Paulo, nesta quinta-feira (29), que os gastos do governo brasileiro com o pagamento de juros, nos últimos 10 anos, atingiu R$ 4,7 trilhões até dezembro de 2023. Somados, no mesmo período, os investimentos na saúde (R$ 1,85 trilhão), na educação (R$ 1,7 trilhão) e em infraestrutura (R$ 833 bilhões) chegaram a R$ 4,38 trilhões, menos que o valor pago em juros pela União.
“O Brasil vai se tornar um país verdadeiramente próspero, o dia que invertermos essa equação”, declarou o presidente da Fiesp, defendendo mais investimentos em educação, saúde e infraestrutura. “É necessário apoiar mais os setores produtivos e deixar de viver de renda”, destacou.
“Fico feliz que estejamos aqui na Faria Lima, símbolo do rentismo, para falar da importância da indústria”, disse Josué Gomes, durante o evento realizado pela CNN na capital paulista.
“O País não terá futuro se o investidor preferir renda a uma atividade produtiva. A indústria cria. Precisamos ter uma indústria forte. Espero que eles, aqui na Faria Lima, saiam da bolha deles e vejam a importância do setor produtivo. A indústria não é o passado, é o futuro do País”, afirmou Josué.
“Precisamos compreender que enquanto o investidor preferir aplicar no mercado financeiro, em vez de desenvolver uma atividade produtiva, o país não terá futuro de fato”, ressaltou. Para Josué, é necessário aproveitar todo o potencial brasileiro, mas que, para isso, é preciso ter uma indústria forte.