
Regime fascista israelense impede entrada de ajuda humanitária aos palestinos, que sofrem com a fome, sede e doenças após os bombardeios
O governo brasileiro solicitou na terça-feira (29) que a Corte Internacional de Justiça (CIJ), em Haia, declare ilegal o criminoso bloqueio imposto por Israel à entrada de ajuda humanitária aos palestinos na Faixa de Gaza.
O pedido foi feito durante as audiências iniciadas pela Corte a partir de solicitação da Assembleia Geral da ONU. A ditadura israelense decidiu não enviar representantes ao tribunal e acusou a Corte de perseguição.
Outros países também se manifestaram na mesma direção do governo brasileiro. Representantes de Chile, Colômbia, Bolívia, Bélgica, Arábia Saudita, Argélia e África do Sul defenderam a liberação da ajuda humanitária e reforçaram que Israel tem obrigações nesse sentido. Ao todo, 44 países e quatro organizações internacionais devem participar das audiências.
A Corte vai analisar o parecer consultivo solicitado pela Assembleia Geral da ONU contra as atitudes do regime de apartheid de Israel. O órgão vai cobrar de Benjamin Netanyahu as obrigações legais de Israel quanto à entrada de suprimentos essenciais em Gaza. Apesar de não gerar consequências jurídicas obrigatórias, o parecer carrega peso político internacional.
O embaixador brasileiro Marcelo Viegas denunciou e Israel violam o direito do povo palestino à autodeterminação e descumprem obrigações internacionais. “Todas as medidas sistematicamente adotadas por Israel para impedir ou dificultar a presença e as atividades das Nações Unidas […] violam flagrantemente […] o direito palestino à autodeterminação”, afirmou.
Na audiência, Viegas criticou leis israelenses que proíbem o funcionamento da Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA), destacando que a instituição atende mais de 6 milhões de pessoas. “Sua presença e trabalho são ainda mais urgentes no atual contexto de destruição quase total em Gaza”, declarou.
O pretexto de Israel para matar de fome a população de Gaza é que a UNRWA seria “infestada de terroristas”.