O Brasil fechou 43.196 vagas de emprego formal em março deste ano, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quarta-feira (24) pelo Ministério da Economia.
Foi o pior resultado para o mês de março desde 2017. O saldo é resultado de 1.261.177 admissões e 1.304.373 demissões.
Dos oito setores pesquisados, o Comércio foi o que mais fechou vagas (-28.803), seguido da Agropecuária (-9.545), Construção Civil (-7.781), Indústria de Transformação (-3.080) e Serviços Industriais de Utilidade Pública (-662).
Nos Serviços, foram criados 4.572 empregos, “impulsionados pelo subsetor de Ensino, que abriu 11,7 mil vagas“, diz o Ministério. O setor de Transporte e Comunicações gerou 7,1 mil novos postos; a Administração Pública 1.575 vagas e a Extrativista Mineral (528 vagas).
Das 27 unidades da Federação analisadas, 19 ficaram com saldo negativo, com destaque para Alagoas (-9.636 postos); São Paulo (-8.007), Rio de Janeiro (-6.986); Pernambuco (-6.286) e Ceará (-4.638).
Em todas as regiões o saldo ficou negativo. A maior queda ocorreu no Nordeste, com o fechamento de 23.728 vagas de emprego com carteira assinada. No Sudeste, foram encerrados 10.673 postos; no Norte, 5.341; no Sul, 1.748; e no Centro-Oeste, 1.706.
O aumento do desemprego vem acompanhado da queda na produção industrial, nas vendas da indústria e do comércio e no setor de serviços, verificadas nos primeiros meses do governo Bolsonaro.
Sem proposta e sem qualquer compromisso em tirar o país da crise, o atual governo só tende a piorá-la, com cortes no orçamento, arrocho nos salários e o ataque à Previdência Social.
As previsões para o crescimento do Produto Interno (PIB) vêm caindo a cada semana e o desemprego só vem aumentando.
Segundo o IBGE, são 13,1 milhões de trabalhadores sem emprego no trimestre encerrado em fevereiro. O instituto, ao contrário do Caged, registra não apenas o emprego com carteira assinada. Além disso, considera o subemprego que somado ao desemprego atinge 27,9 milhões de brasileiros.
Diante dessa tragédia, o governo comemora a criação de apenas 179.543 vagas nos três primeiros meses deste ano.