Ministério das Relações Exteriores do Brasil lamentou informações falsas do governo fascista de Benjamin Netanyahu
As alegações do governo israelense de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve falas “antissemitas” não procedem, manifestou-se o governo brasileiro, por meio de nota.
“Além de sua histórica amizade com Israel, como demonstração de reverência à história do povo judeu, o presidente Lula prestou homenagem no Museu do Holocausto em 2010, em visita àquele país”, acrescentou o Itamaraty.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil lamentou as informações falsas do governo Benjamin Netanyahu. “O governo brasileiro lamenta a divulgação, por parte de autoridades do governo Netanyahu, de informações incorretas sobre o presidente de um país amigo, em redes sociais e contatos com a mídia”.
A diplomacia de Israel manteve seus ataques contra o presidente Lula, mas disse que quer retomar relações. O representante da diplomacia de Israel, Jonathan Peled, afirmou em encontro que o governo local está disposto a “restaurar as relações com o Brasil”, abaladas após declarações, soberanas, de Lula.
Lula tem criticado e questionada a matança e o horror praticado pelo governo de Israel contra o povo palestino, na Faixa de Gaza, desde que o Hamas atacou e fez reféns, em 7 de outubro, áreas fronteiriças do Sul de Israel.
DISTENSÃO
O diplomata disse que o momento é de retomar as negociações como eram antes. Vice-diretor da divisão de América Latina e Caribe do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Peled ressaltou que os países não romperam relações.
“Nós queremos soluções diplomáticas”, afirmou na sede do Ministério das Relações Exteriores, em Jerusalém.
CRÍTICAS A LULA E PRESIDENTES DA AL
Isolado, porque não há justificativas plausíveis para o que as chamadas forças de segurança fazem na Faixa de Gaza, Peled criticou as falas de Lula, que comparou os ataques de Israel contra os palestinos aos crimes nazistas.
“Quando há uma declaração antissemita como a do presidente Lula ou quando nossa existência é posta em questão, trata-se de uma linha vermelha”, disse Peled, em referência à declaração dada pelo brasileiro no mês passado.
A fala de Lula nada teve de antissemita. Na verdade, a crítica do presidente brasileiro foi à truculência do governo de Israel contra o povo palestino. Espécie de “vingança” praticada contra um povo cuja pátria lhe é negada. O chefe do Executivo não fez críticas ao povo judeu.
Peled agrediu também outros líderes latino-americanos, como o da Colômbia, Gustavo Petro, e o Chile, Gabriel Boric. Basta divergir ou criticar as ações terroristas do Estado de Israel na Faixa de Gaza, que o governo sionista taxa de “antissemitismo”.