Itamaraty fala em “consternação” e “perplexidade” com o assassinato em massa perpetrado pelo regime de Nertanyahu
O governo brasileiro se uniu a resto do mundo nesta segunda-feira (27) e condenou o bombardeio de Israel ao campo de refugiados em Refah, no sul de Gaza. O Itamaraty emitiu nota de repúdio ao ataque.
“O governo brasileiro tomou conhecimento, com profunda consternação e perplexidade, das notícias sobre ataques conduzidos por Israel, um dos quais contra campo de refugiados nas imediações da cidade de Rafah, no extremo sul da Faixa de Gaza”, diz a nota.
O Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil criticou a “contínua ação das forças armadas israelenses contra áreas de concentração da população civil de Gaza”. Para o MRE, as ações criminosas de Israel nas regiões densamente povoadas de Gaza “constitui sistemática violação aos Direitos Humanos e ao Direito Humanitário Internacional, assim como flagrante desrespeito às medidas provisórias reafirmadas, há poucos dias, pela Corte Internacional de Justiça [CIJ]”.
A cidade de Rafah, próxima à fronteira com o Egito, se transformou no principal refúgio da população civil de Gaza, obrigada a deixar suas casas expulsa pelas tropas do regime israelense. Estima-se que 1,5 milhão de pessoas estejam vivendo no local, a maioria em tendas improvisadas. Netanyahu tem afrontado o mundo e ampliado os ataques contra a cidade, provocando, ao menos, dezenas de mortes e a condenação internacional.
Demonstrando seu cinismo indisfarçável, o ditador Benjamim Netanyahu, alegou que um desses ataques foi um “acidente terrível”. O Itamaraty afirma que qualquer ação militar de Israel em Rafah terá efeitos devastadores, “conforme manifestações e apelos unânimes da comunidade internacional, e diante dos deslocamentos forçados por Israel, que concentraram centenas de milhares de refugiados, em condições de absoluta precariedade”.
Por último, a nota do Itamaraty pede que a comunidade internacional exerça máxima pressão diplomática “a fim de alcançar o imediato cessar-fogo, a libertação dos reféns e o urgente provimento da assistência humanitária adequada à população de Gaza”.
Fonte: Agência Brasil