O Brasil ultrapassou nesta quarta-feira (27) a marca dos 400 mil casos do novo coronavírus e registrou 1.086 mortes nas últimas 24 horas, segundo o boletim diário do Ministério da Saúde.
Nas últimas 24 horas foram computados 20.599 novos diagnósticos, elevando o total para 411.821 – ontem eram 391.222.
Em menos de um mês foram mais de 300 mil casos registrados no país. No dia 1º de maio o Brasil tinha 91.604 infectados.
Já o número de mortos pela Covid-19 no país chegou a 25.598, na segunda eram 24.512.
O Ministério da Saúde divulgou ainda que, ao todo, 166.647 pacientes se recuperaram da Covid-19, enquanto 219. 576 estão em acompanhamento.
Há ainda 4.108 óbitos sendo analisados e a taxa de letalidade da doença no Brasil está em 12,2% (por casos confirmados).
No total, 3.771 cidades registraram pessoas infectadas. No recorte por região, o maior percentual de cidades com casos confirmados é o Norte, com 83,8%. Em seguida vêm Nordeste (79,9%), Sudeste (63,4%), Sul (56%) e Centro-Oeste (50,3%).
Opas projeta 88 mil mortes no Brasil até agosto
Estudo divulgado hoje pela Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) projeta que o número de mortes pela Covid-19 no Brasil pode atingir 88,3 mil no início de agosto. A organização reiterou que a América do Sul é o novo epicentro da doença, conforme dito pela OMS (Organização Mundial da Saúde) na semana passada, e pede que o Brasil aumente a quantidade de testes do novo coronavírus para detectar melhor a pandemia.
Carissa Etienne, diretora Regional da Organização Mundial da Saúde (OMS), e Marcos Espinal, diretor do Departamento de Doenças Transmissíveis da entidade, destacaram que a Opas está preocupada com a situação no Brasil. Etienne apontou o número de casos registrados no Brasil na última semana como fator que demanda mais atenção no momento.
“Na América do Sul, estamos particularmente preocupados que o número de novos casos registrados na semana passada no Brasil tenha sido o mais alto em um período de sete dias, desde o início do surto”, disse.
Segundo eles, o distanciamento social, defendido por governadores e prefeitos, deve ser mantido no Brasil e que, para um maior controle, a realização de testes deve aumentar.
“O tema chave no Brasil é aumentar o número de testes. Num país tão grande, em cidades tão populosas como São Paulo e Rio de Janeiro, é de uma importância vital implementar medidas para aumentar o número de testes e manter o distanciamento social”, disse.
“Seguimos trabalhando com o Brasil, mas é importante saber que a situação não melhorará na próxima semana, há um longo caminho a percorrer”, acrescentou Espinal. “A Opas está profundamente preocupada com a situação”, finalizou.