Itamaraty visitou-os nesta segunda-feira (06)
A assessoria da deputada federal Luizianne Lins (PT-CE), neste domingo (5), informou que as audiências judiciais dos brasileiros e brasileiras detidos ilegalmente em Israel foram concluídas.
“Com essa etapa encerrada, as autoridades israelenses podem iniciar os procedimentos de deportação, embora ainda não haja confirmação oficial sobre prazos ou condições. De acordo com a Embaixada do Brasil em Tel Aviv, a expectativa é de que informações sobre os voos de deportação sejam comunicadas assim que houver definição por parte do governo israelense”, diz a nota da parlamentar.
Apesar disso, a assessoria denuncia os maus-tratos impostos pelas hordas israelenes aos brasileiros. “Segundo a coordenação da flotilha humanitária, que levava remédios e alimentos ao povo palestino, os participantes seguem sob custódia israelense em condições gravemente precárias, com restrição de água, alimentação e medicamentos essenciais, além de relatos de forte pressão psicológica e até agressões físicas a alguns dos ativistas”.
Relatos dão conta de que os terroristas israelenses submeteram os estrangeiros presos na Flotilha a humilhações. Nico Calabrese, único da delegação brasileira que foi deportado até agora, contou que foram “levados contra a nossa vontade para um país onde não queríamos estar, somente pelo fato de levar alimentos e medicamentos para o povo palestino”.
Nico conta que os membros da Flotilha Global Sumud sofreram “golpes e violência física”. A sueca Greta Thunberg, que foi presa pela segunda vez por Israel por levar mantimentos para Gaza, “foi quem mais sofreu com esta humilhação”.
Ele relatou que as autoridades israelenses a envolveram e a fizeram beijar uma bandeira de Israel. Além disso, Greta foi a única a ficar separada do restante dos detidos.
O brasileiro Nico defendeu que o governo brasileiro tenha uma “ação decidida para a libertação de todos os companheiros que estão presos e pela libertação da Palestina, que sofre um genocídio feroz por parte do estado de Israel”.
Diplomatas brasileiros em Tel Aviv visitaram, nesta segunda-feira (6), os cidadãos brasileiros que foram presos por Israel por levarem ajuda humanitária para os palestinos na Faixa de Gaza. Esse foi o segundo encontro entre o Itamaraty e os brasileiros detidos.
O grupo de 13 brasileiros está preso no centro de detenção em Ketziot, no deserto de Negev. As informações sobre essa visita do Ministério das Relações Exteriores do Brasil ainda não foram divulgadas.
Os diplomatas puderam entrar em contato com os brasileiros pela primeira vez na sexta-feira (3), dois dias depois que Israel os prendeu.
Na ocasião, foi verificado que os brasileiros estão sem problemas físicos e de saúde.
O grupo estava participando da Flotilha Global Sumud, que levava alimentos, remédios e outros itens de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza. Os barcos foram interceptados por Israel ainda em águas internacionais.