Os 32 brasileiros resgatados pelo governo Lula da Faixa de Gaza aterrissaram no Brasil às 20h21 no avião da FAB (Força Aérea Brasileira).
O avião aterrissou na Base Aérea do Recife para uma parada técnica e o grupo de brasileiros desembarcou enquanto o avião era reabastecido.
Em seguida, eles vão para Brasília, onde serão recepcionados pelo presidente Lula, com chegada prevista para as 23h30 (horário de Brasília).
São 17 crianças, nove mulheres e seis homens: 22 brasileiros e dez palestinos familiares dos brasileiros trazidos no décimo resgate da região da zona de conflito no Oriente Médio.
Os brasileiros vão se dividir entre o Distrito Federal e os Estados de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Eles receberão assistência psicológica, cuidados médicos e imunização e terão um período de repouso em Brasília, em alojamento da FAB, antes de se deslocarem para outras cidades no Brasil.
O governo está em contato com as famílias das pessoas resgatadas. Nos casos de não haver parentes, serão buscadas lideranças da comunidade palestina no país. Também haverá abrigos a disposição.
Com o voo desta segunda, 1.477 pessoas e 53 animais de estimação foram resgatados do Oriente Médio, sob as bombas de Israel.
Das 34 pessoas previstas para serem resgatadas neste voo, duas desistiram da viagem no dia em que a saída do grupo de Gaza foi autorizada. Uma mulher de 50 anos e sua filha, de 12 anos, decidiram não viajar, por motivos pessoais.
TENSÃO
A chegada dos brasileiros ao Brasil encerra um período de tensão e de grandes dificuldades, que exigiram da diplomacia brasileira esforços, principalmente do presidente Lula. A sabotagem de Israel para liberar o grupo de brasileiros e sair de Gaza foi grande.
O embaixador do Brasil no Egito, Paulino Franco de Carvalho Neto, em entrevista à TV Brasil nesta segunda-feira (13), relatou que o trabalho das autoridades brasileiras para conseguir repatriar o grupo de 32 pessoas da zona de guerra foi marcado por incertezas.
“Foi longo e demorado. Houve muitas incertezas e dúvidas, avanços e recuos. Nós não controlávamos as variáveis como o agravamento do conflito, os bombardeios em Gaza, as preocupações de segurança de todos os países envolvidos, seja Israel, seja o Egito. Então, tudo foi muito lento, impreciso e, ao mesmo tempo, requereu um grande esforço da diplomacia e do governo brasileiro”.